Mais de 50 empresas, majoritariamente dos setores de alimentos e bebidas, compõem a delegação da Agência na feira que é reconhecida como a maior do setor na Ásia
Começa nesta terça-feira (28) e vai até quinta (30), em Xangai, a Sial China, maior feira de alimentos e bebidas da Ásia, que reúne mais de cinco mil expositores, com expectativa de público de 180 mil visitantes. A Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), junto com a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec) e com a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), estará no evento com 3 pavilhões que servem de vitrine para os produtos brasileiros no mundo.
A delegação da ApexBrasil na Sial China é composta por mais de 50 empresas, majoritariamente dos setores de alimentos e bebidas, de perfis variados, desde intermediárias e experientes até internacionalizadas. Além dos espaços destinados para estandes de companhias brasileiras, a ApexBrasil também organiza o Brasil Trade Lounge (BTL), onde comerciais exportadoras representarão empresas menores ou iniciantes nas exportações.
Atualmente, a China figura como o principal comprador de produtos do agronegócio brasileiro. A participação de apenas 2,73% como destino das exportações do setor em 2000 passou para 36,1% em 2023, percentual mais elevado na série histórica do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA).
Principal mercado para proteínas animais
Somente no mês de abril de 2024, cerca de 101 mil toneladas de carne bovina foram embarcadas para a China, com um faturamento de USD 454 milhões. De acordo com o presidente executivo da Abiec, Antônio Jorge Camardelli, isso é o equivalente a 600 mil bois, cuja produção de carne segue mensalmente apenas para a China. Trata-se de uma logística bem complexa, pela posição geográfica e a estrutura dos portos. Apesar disso, ele acrescenta, “as operações com a China são um sucesso. O Brasil vive um momento ímpar nas relações comerciais e políticas com o gigante asiático”, diz.
Para potencializar o networking e as oportunidades de negócios na Sial China, no Brazilian Beef, os visitantes poderão provar o sabor e a qualidade da carne brasileira, numa degustação de churrasco na qual “o agro nacional também estará representado, em todos os acompanhamentos: da carne ao arroz, à farinha e até ao açúcar da caipirinha”, enfatiza Camardelli.
Já o espaço exclusivo da avicultura e da suinocultura do Brasil na feira será destinado à realização de encontros de negócios com importadores e potenciais clientes. O pavilhão contará, ainda, com ação de promoção da avicultura e da suinocultura do Brasil, com a distribuição de materiais promocionais das marcas setoriais brasileiras, com informações sobre produtos, sobre o setor produtor e exportador brasileiro e os contatos das empresas que atuam no mercado.
“Os esforços realizados pelo Ministério da Agricultura para ampliação da presença brasileira no mercado chinês deverão gerar importantes resultados nos negócios consolidados durante o evento. Há boas expectativas com relação aos resultados desta edição da SIAL, que já está consolidada como uma das ações mais importantes do calendário da cadeia setorial exportadora”, ressalta o presidente da ABPA, Ricardo Santin.
Grande parceiro
Em um contexto de contínua expansão do comércio bilateral entre Brasil e China, a expectativa é de crescimento de negócios fechados com relação à última edição da feira. Em 2023, a China foi a maior parceira comercial do Brasil, representando o destino de 30,7% das exportações brasileiras. Como resultado, a China foi o primeiro ultrapassar US$ 100 bilhões em importações do Brasil em um ano.
No primeiro trimestre de 2024, as vendas seguiam em expansão, já 10% superiores ao valor exportado no ano anterior. O Brasil teve superávit comercial de US$ 8,9 bilhões com a China, o maior saldo registrado com o país no acumulado dos três primeiros meses de um ano. Com esse resultado, a China foi responsável por 47% de todo o superávit do Brasil com o mundo, que chegou a US$ 19 bilhões.
Além das perspectivas positivas no comércio exterior, 2024 também tem relevância simbólica, já que marca os 50 anos de relações bilaterais entre Brasil e China, e os 20 anos de Cosban (Comissão Sino-Brasileira de Alto Nível de Concertação e Cooperação). A efeméride será celebrada com uma missão do vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, à China para participar da VII Sessão Plenária da COSBAN, que será realizada nos dias 5 e 6 de junho, em Pequim.
Sobre a ABIEC - Criada em 1979, a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (ABIEC) reúne 43 empresas do setor no país, responsáveis por 97% da carne negociada para mercados internacionais. Sua criação foi uma resposta à necessidade de uma atuação mais ativa no segmento de exportação de carne bovina no Brasil, por meio da defesa dos interesses do setor, ampliação dos esforços para redução de barreiras comerciais e promoção dos produtos nacionais.
SOBRE A ABPA – A ABPA é a representação político-institucional da avicultura e da suinocultura do Brasil. Congrega mais de 140 empresas e entidades dos vários elos da avicultura e da suinocultura do Brasil, responsáveis por uma pauta exportadora superior a US$ 8 bilhões. Sob a tutela da ABPA está a gestão, em parceria com a ApexBrasil, das cinco marcas setoriais das exportações brasileiras de aves, ovos e suínos: Brazilian Chicken, Brazilian Egg, Brazilian Breeders, Brazilian Duck e Brazilian Pork. Por meio de suas marcas setoriais, a ABPA promove ações especiais em mercados-alvo e divulga os diferenciais dos produtos avícolas e suinícolas do Brasil – como a qualidade, o status sanitário e a sustentabilidade da produção – e fomenta novos negócios para a cadeia exportadora de ovos, de material genético, de carne de frangos e de suínos.