Quando o Sul se une: Brasil e África Austral avançam em diálogo comercial

14/07/2025
Institucional

Por: Comunicação ApexBrasil

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Com apoio da ApexBrasil, países da Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral visam cooperação em industrialização, agricultura e comércio bilateral

Em meio às articulações diplomáticas impulsionadas pela agenda do BRICS, o presidente da ApexBrasil, Jorge Viana, recebeu na quarta-feira (9), na sede da Agência, os embaixadores da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) para uma conversa estratégica sobre o futuro das relações comerciais entre o Brasil e o bloco africano. A reunião reforçou o interesse mútuo na ampliação dos laços econômicos, com ênfase na realização de estudos de mercado para mapear oportunidades de negócios em setores diversos e fomentar uma cooperação mais efetiva entre as regiões.

“A SADC foi criada para promover o crescimento econômico, reduzir a pobreza e melhorar a qualidade de vida na região, com foco na integração regional”, esclareceu Meshack Kitchen, embaixador da República de Zimbábue. Para atingir estes objetiv os, adotou-se o Plano Estratégico Indicativo Regional de Desenvolvimento (RISDP), um plano de industrialização iniciado em 2012 e reafirmado em 2024 com a realização de projetos regionais nas áreas de infraestrutura, como energia, transporte, comunicações, água e saneamento. Estes projetos visam facilitar o desenvolvimento econômico por meio da industrialização com a abertura para a participação de empresas brasileiras. Antes do encontro presencial, o grupo realizou algumas pesquisas internas, “uma das conclusões dessas consultas foi que iríamos solicitar o apoio da ApexBrasil”, diz Kitchen.

Reunião na ApexBrasil com embaixadores da África Austral

Jorge Viana apontou que segundo os dados da área de Inteligência de Mercado da ApexBrasil, “o Brasil ainda vende pouco”, diante das oportunidades de comércio que as duas regiões possuem entre si. O presidente da ApexBrasil reforçou o compromisso da Agência em estimular o comércio e a participação das empresas brasileiras nas oportunidades de investimento nos países da SADC. Por meio de um detalhado estudo de oportunidades, a ApexBrasil apresentará análises sobre os setores estratégicos dos países membros para uma melhor tomada de decisão das empresas brasileiras sobre oportunidades para a exportação e internacionalização. “Temos um compromisso do governo do presidente Lula de mudar a realidade da relação entre o Brasil e a África Austral”, ressalta o presidente.

A viabilidade se manifesta por diversos ângulos. O fortalecimento da relação do Brasil com o grupo está em sintonia com as diretrizes da política externa, que buscam ampliar o comércio com países do Sul Global. Essa estratégia pode contribuir para o fortalecimento da economia nacional e reduzir sua vulnerabilidade a oscilações e tensões internacionais. “Tenho certeza de que isso cria oportunidades para o Brasil estabelecer uma relação comercial com novos mercados”, afirmou Viana.

 

O cenário

Como bloco regional, a SADC apresenta oportunidades para o comércio e investimento estrangeiro de empresas brasileiras, reunindo países com diferentes demandas e possibilidades logísticas. Selma Nghinamundova, Embaixadora da Namíbia no Brasil, lembrou que seu país pode ser utilizado como um hub logístico regional para produtos brasileiros, servindo como base portuária para acesso a Botsuana, Zâmbia e Zimbábue, por meio do Porto de Walvis Bay.

“O comércio é o grande potencial a ser trabalhado”, percebe Viana. Juntos, o grupo de países concentra uma população superior a 340 milhões de pessoas, e estima-se que essa população chegará a cerca de 450 milhões até o ano de 2030, sendo um importante mercado, com previsão de atingir um PIB de 1 trilhão de dólares até o final de 2025. A SADC tem perto de 27% da população africana, cerca de 30% do território africano e tem 13% do comércio, se apresentando também como mercado relevante para exportação de produtos brasileiros.

A agricultura brasileira chama a atenção de Benetia Tumelo Chingapane, Embaixadora de Botsuana no Brasil. Ela relembra que o Brasil já foi importador líquido de alimentos e, agora, é exportador. “Queremos ver essa transformação em Botsuana também e entender como podemos trabalhar juntos com vocês”, divide, “precisamos trabalhar para fortalecer esses laços”.

Outro passo, fruto do encontro, tomado pela ApexBrasil para a abertura de novos mercados para as empresas brasileiras na África Subsaariana foi a indicação de aumento das participações da Agência em eventos na região. A ApexBrasil indicou, também, que iniciará o mapeamento de feiras nos mercados da SADC ainda não coberto pelas ações da ApexBrasil.

 

Sobre a comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC)

A SADC é uma Comunidade Econômica Regional composta por 16 Estados-Membros, nomeadamente, África do Sul, Angola, Botsuana, Comores, Essuatíni, Ilhas Maurícias, Lesoto, Madagáscar, Maláui, Moçambique, Namíbia, República Democrática do Congo, Seicheles, Tanzânia, Zâmbia, Zimbábue.

Foi criada como sucessora da antiga Conferência de Coordenação da África Austral (SADCC) e tem como foco a integração regional para promoção do desenvolvimento econômico e social da África Austral. Seus principais objetivos são:

·       Fomento ao crescimento econômico e redução da pobreza;

·       Melhoria da qualidade de vida das populações da região;

·       Promoção da integração regional sustentável e equitativa, com base em

·       princípios democráticos.

Tema: Promoção Comercial — Atração de Investimentos Estrangeiros
Mercado: África
Setor de Exportação: Alimentos, Bebidas e Agronegócios
Setor de Investimento: Não se aplica
Setor de serviços:
Erro: