Pavilhão do Brasil, coordenado pela ApexBrasil, promoveu em Baku, no Azerbaijão, dezenas de painéis que discutiram o futuro do planeta e cobraram ações dos países desenvolvidos. Resultados da Conferência geram ainda mais expectativas para a COP30, que será no Brasil, em Belém (PA), em 2025
A 29ª Conferência do Clima das Nações Unidas (COP29), que ocorreu em Baku, no Azerbaijão, de 11 a 22 de novembro, recolocou o Brasil como exemplo global em ações voltadas para a redução de emissão de gases do efeito estufa. Ao longo da Conferência, a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), em parceria com instituições governamentais e organizações do setor privado, promoveu uma série de debates e apresentações sobre iniciativas do Brasil que vão de acordo com os compromissos climáticos nacionais (NDCs). Junto à ONU, na abertura do evento, o Brasil reafirmou o compromisso do país em reduzir suas emissões líquidas de gases de efeito estufa em até 67% até 2035, na comparação com os níveis de 2005. Os debates também reforçaram a importância dos países ricos no financiamento de uma transição ecológica justa – um dos temas principais do encontro que teve resultado aquém do esperado.
A COP29 finalizou com uma decisão que desagradou os países em desenvolvimento. Países ricos ofereceram um valor muito menor do que as nações em desenvolvimento pediam para lidar com as mudanças climáticas. O novo pacto global de financiamento climático foi fechado em U$ 300 bilhões por ano. Nações que mais sofrem com eventos climáticos extremos defendiam a meta de U$ 1,3 trilhão anuais.
A polêmica seguirá para a próxima COP, que terá o Brasil como protagonista das negociações, em Belém (PA), no próximo ano. A ministra do Meio Ambiente e Mudanças Climáticas (MMA), Marina Silva, que voltou à Baku para a rodada final de negociações, avaliou a COP29 como uma "experiência difícil".
O secretário-geral da ONU (Organização das Nações Unidas), António Guterres, expressou sua preocupação e disse que, mesmo entendendo a dificuldade de conduzir 200 países a um acordo intrincado sobre financiamento climático, "esperava um resultado mais ambicioso". As delegações de pequenos países insulares, como Samoa, Bahamas e Cabo Verde, e de alguns países em desenvolvimento - mais vulneráveis às mudanças climáticas - abandonaram a reunião antes do fim das negociações.
Brasil como protagonista global em sustentabilidade
O protagonismo do Brasil sobre o tema, retomado no ano passado, durante a COP28, em Dubai, foi fortalecido nesta COP, em Baku, e seguirá para a COP30, em Belém (PA). O país, que é reconhecido como uma potência ambiental e líder na segurança alimentar, se destaca globalmente em ações e iniciativas ligadas ao tema da sustentabilidade do planeta.
“Temos a maior floresta tropical do mundo, temos a matriz energética mais limpa entre as grandes economias, uma agricultura eficiente e verde e, sobretudo, a consciência e o comprometimento de que só há um futuro se for sustentável”, disse o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, durante a abertura do pavilhão brasileiro.
O presidente da ApexBrasil, Jorge Viana, em discurso na abertura e presente em diversos painéis, reforçou o papel do Brasil e cobrou dos países ricos um modelo de produção e consumo mais sustentáveis. "O Brasil é a possibilidade de o mundo alcançar sua segurança alimentar, com uma nova indústria, em que processaremos cada vez mais nossos produtos sustentáveis dentro do país", completou. Para Viana, nenhum novo modelo de negócio pode desconsiderar a população que vive na Amazônia - cerca de 30 milhões de pessoas.
A temática central do Pavilhão Brasil em Baku foi "Caminhos para a Transformação Ecológica", reforçando o compromisso do país com uma transição ecológica justa, baseada em conhecimentos científicos e nos saberes tradicionais de convivência harmoniosa entre humanos e natureza. Agora, o país se prepara para sediar a próxima COP e dar continuidade às negociações que darão rumo ao futuro do planeta.
O pavilhão brasileiro foi resultado de uma parceria estratégica entre a ApexBrasil e instituições governamentais e organizações do setor privado. Entre os parceiros estão o Ministério das Relações Exteriores (MRE) e o Ministério do Meio Ambiente (MMA). Os patrocinadores foram: Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES); Banco do Brasil (BB); Caixa Econômica Federal (CEF); Banco da Amazônia (BASA); Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae); Confederação Nacional do Transporte (CNT); Confederação Nacional da Indústria (CNI); banco Itaú; e Instituto Clima e Sociedade (ICS).
É possível rever a programação completa dos painéis do Pavilhão Brasil no canal do youtube da ApexBrasil.
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