Estudo atualizado destaca expansão dos investimentos chineses no Brasil e reforça oportunidades no comércio bilateral
A Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) atualizou o Perfil de Comércio e Investimentos China 2025, estudo que detalha a relação econômica e as oportunidades de negócios entre os dois países. O levantamento aponta que a China manteve sua posição como principal investidor asiático no Brasil e atualiza os números do estoque de Investimento Estrangeiro Direto (IED) para US$ 53,6 bilhões em 2023, um crescimento de 44,3% em relação a 2022. Com o resultado, a China se posiciona como 9º maior investidor no Brasil, conforme dados oficiais do Banco Central do Brasil.
Desde 2021, o volume de investimentos chineses no país vem registrando recordes anuais. O Perfil também traz dados atualizados sobre investimentos greenfield e brownfield. Entre 2015 e 2025, foram anunciados 163 projetos de investimento greenfield com capital chinês no Brasil, totalizando US$ 12,9 bilhões. Os investimentos se concentram nos setores de energia, infraestrutura e indústria automotiva, e foram responsáveis pela potencial criação de mais de 35.700 empregos no Brasil.
Comércio bilateral e exportações brasileiras
A China foi o principal destino das exportações brasileiras em 2024, respondendo por 28% do valor total exportado e por 41,4% do superávit comercial do Brasil. De fato, o Brasil se consolidou como o maior fornecedor de soja, carne bovina, celulose, algodão em bruto, açúcar e carnes de aves para o mercado chinês. No entanto, as exportações seguem concentradas em commodities, com soja (33,4%), petróleo bruto (21,2%) e minério de ferro (21,1%) representando 75,6% do total exportado. O estudo sublinha a necessidade de diversificação e aumento do valor agregado das exportações para a China.
A ApexBrasil identificou quase 400 oportunidades para ampliar as exportações brasileiras no país asiático, incluindo produtos como ferro, cobre, trigo, carne bovina, máquinas, calçados e medicamentos. Outro estudo da Agência também aponta potencial em cidades chinesas de nível 2, menos exploradas por exportadores brasileiros.
Direto do Mercado – China
No último dia 6, a ApexBrasil apresentou mais um episódio da websérie Direto do Mercado, com informações sobre macroeconomia, dados sobre o comércio bilateral, além de cases de empresas que já atuam e exportam para a China. Além de importante parceiro comercial do Brasil, não só no comércio, mas também em investimentos estrangeiros diretos, a China está sendo também foco das disputas comerciais e tarifárias com os Estados Unidos. Nesse sentido, o webinar é uma importante ferramenta de atualização para as empresas interessadas em atuar nesse mercado.
Com informações sobre o ambiente de negócios do mercado e dados apresentados por quem está, de fato, na China, o webinar contou com a participação da Embaixada do Brasil em Pequim, do Escritório da ApexBrasil em Pequim, do Banco do Brasil em Xangai, da Associação de Empresas Brasileiras na China (BRACHAM) e das empresas WD Group e Yosen. As entidades explanaram sobre os serviços e o apoio que prestam às empresas no país, como o Matchmaking on Demand da ApexBrasil, que localiza compradores no mercado e faz o contato direto com o fornecedor brasileiro.
O seminário contou ainda com a importante participação de duas empresas brasileiras: a WD Group, que possui uma extensa rede de restaurantes de diversos tipos de gastronomia, incluindo churrascaria ao estilo brasileiro, e já atua na China desde 1998; e a Yosen, uma startup de suplementos alimentares, que participou do Programa de Qualificação para Exportação (PEIEX) e hoje exporta para o mercado chinês.
Assista aqui ao webinar e entenda as oportunidades que mercado chinês oferece, e como aproveitá-las.
Quer saber mais sobre oportunidades, tendências de comércio, questões de acesso a mercado? O Perfil de Comércio e Investimentos China 2025 está disponível para consulta gratuita no site da ApexBrasil