Empresas brasileiras mostram para o mundo que sustentabilidade e inovação andam juntas

21/10/2025
Outras

Por: Comunicação ApexBrasil

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Com o apoio da ApexBrasil, negócios sustentáveis conquistam espaço internacional e fortalecem a imagem do Brasil como referência em sociobioeconomia 

 

Quando a empresária Isabel Ribeiro decidiu transformar folhas, flores e sementes da Amazônia em biojoias banhadas a ouro, não imaginava que suas criações alcançariam 11 países - incluindo Dinamarca, França, Itália, Polônia, Estados Unidos, Canadá, Japão, Portugal, Inglaterra, Guiana Francesa e Turquia.  

Com matérias-primas vindas de diversos biomas brasileiros - como Amazonas, Caatinga, Mata Atlântica e Pampa - a Amarjon Biojoias investe num processo artesanal minucioso: as folhas e sementes são primeiro colhidas de forma sustentável, depois desidratadas, impermeabilizadas e metalizadas, e só então recebem o banho final de ouro. O processo completo leva cerca de um mês, refletindo o cuidado e a complexidade do trabalho artesanal. 

Nossos materiais são colhidos apenas no período que não agride o meio ambiente. Respeitamos o ciclo da natureza”, explica a empreendedora 

Com a missão de valorizar o consumo sustentável através da transformação da flora brasileira em acessórios e propagar um conceito inovador em moda, a Amarjon virou referência na fabricação de biojoias banhadas a ouro do Brasil, com clientes distribuindo seus produtos nas principais cidades brasileiras e em países dos vários continentes. 

Segundo Isabel, a exportação começou “sem pretensão”. Um cliente dinamarquês que morava na Bahia conheceu nossas peças e começou a revendê-las na Dinamarca. A partir disso, vi que meu produto tinha potencial para exportar e aí fui pesquisar como fazer isso”, conta Isabel. Foi então que ela encontrou a ApexBrasil e começou a se preparar de forma estruturada. 

A empresária participou de dois programas da Agência: o PEIEX (Programa de Qualificação para Exportação) e o Elas Exportam, voltado para a capacitação de mulheres empreendedoras. Durante o processo, Isabel entendeu que o desafio da exportação ia além da venda. “Aprendi que é preciso olhar para a marca como um todo: compreender as culturas de cada país, ajustar a comunicação e valorizar o diferencial do produto brasileiro”, afirma. A exportação nos fez buscar aperfeiçoamento constante. Melhoramos nossos processos e ampliamos horizontes. É um aprendizado contínuo”, completa. 

Com o apoio da ApexBrasil, a Amarjon aprimorou sua estratégia internacional, revisou precificação, adequou processos e ampliou a visibilidade da marca. O resultado: uma rede sólida de clientes e parcerias internacionais. No ano passado, Isabel assinou um acordo com investidores turcos para abrir, em breve, a primeira loja da marca em Istambul. 

A história da Amarjon Biojoias é uma entre tantas que mostram como o apoio à sociobioeconomia - que valoriza os recursos naturais e saberes tradicionais - vem gerando impacto econômico e social no Brasil e no mundo. 

 

Riquezas amazônicas para o mundo

Para a Gaudens, o caminho da exportação sustentável começou com a valorização das riquezas amazônicas. A empresa paraense transforma matérias-primas regionais, como cacau, cupuaçu e bacuri, em produtos gourmet reconhecidos internacionalmente. Em 2022 e 2023, suas criações foram premiadas pela Academy of Chocolate de Londres. Além disso, a empresa mantém projetos sociais no Pará, como o Amazon Candy, que capacita mulheres em situação de vulnerabilidade para a produção de bombons artesanais. 

“A gente promove a biodiversidade e sustentabilidade, unindo tradição e inovação. Com um único produto vendido, conseguimos movimentar várias cadeias produtivas da região, pois utilizamos matérias-primas de diferentes produtores locais. Todos os nossos produtos têm o selo da Agricultura Familiar”, afirma Fabio Sicília, fundador e Chef da Gaudens. 

Atualmente, a empresa vende doces e chocolates com ingredientes amazônicos para diversos países. Após passar pela capacitação do PEIEX, a Gaudens participou em 2024 da segunda edição do programa Exporta Mais Amazônia, da ApexBrasil, realizada em Belém (PA). A iniciativa promove rodadas de negócios entre produtores locais e compradores estrangeiros que vêm ao país a convite da Agência. Durante a estadia, além dos encontros de negócios, a Agência promove ainda visitas técnicas dos potenciais importadores a polos produtivos locais para verem de perto a produção sustentável. Na ocasião, Fabio apresentou seus produtos para 15 compradores internacionais de 12 países.  

O Exporta Mais Amazônia foi criado em 2023 e abrange diversos setores, como ingredientes, cosméticos, açaí, cacau, castanha, café, artesanato e carne. A primeira edição, realizada em Rio Branco (AC), resultou em R$ 50 milhões em negócios. No ano passado, em Belém, foram R$ 32,5 milhões. A edição deste ano, que ocorreu em setembro, novamente em Rio Branco, movimentou mais de R$ 100 milhões em negócios.  

O programa Exporta Mais Amazônia representa não apenas um passo estratégico para ampliar a presença internacional dos produtos da região amazônica, mas também reafirma nosso compromisso com o desenvolvimento sustentável e com a promoção de cadeias produtivas locais. Acreditamos que, ao capacitar os empreendedores amazônicos e fortalecer seu acesso aos mercados globais, geramos impacto econômico, social e ambiental positivo, potencializando o protagonismo da Amazônia no cenário exportador do Brasil”, afirma Jorge Viana, presidente da ApexBrasil.  

 

Moda consciente com inclusão e propósito 

Do crochê artesanal à passarela internacional, a marca Catarina Mina, criada pela designer Celina Hissa no Ceará, tornou-se um dos exemplos mais marcantes de como a moda pode gerar impacto social, cultural e econômico. A marca nasceu com a missão de valorizar a cultura local, promover inclusão e construir uma cadeia produtiva colaborativa, conectando o trabalho de artesãs nordestinas a consumidores de todo o mundo. 

Hoje, suas peças de vestuário e acessórios unem artesanato tradicional e design contemporâneo, incorporando elementos típicos da região - como renda de bilro, palha de carnaúba e crochê - em coleções que conquistaram o público internacional pela originalidade e autenticidade. 

O impacto social da Catarina Mina é expressivo: a marca trabalha com 31 comunidades e envolve cerca de 450 artesãos, dos quais mais de 90% são mulheres. Cada produto carrega consigo a história de quem o criou, contada por meio de um QR code que conecta o consumidor diretamente à artesã responsável. “Temos uma página na internet que mostra tudo o que há por trás do produto acabado. Não é só sobre o produto - é sobre tudo aquilo que você impacta quando consome”, afirma Celina. 

O caminho para o mercado internacional foi construído com o apoio da ApexBrasil. “Fizemos o PEIEX em 2014 e começamos a exportar por meio dos programas da ApexBrasil com a ABEST (Associação Brasileira dos Estilistas)”, explica a empresária. Desde então, a marca tem consolidado sua presença em importantes feiras e eventos internacionais, fortalecendo o relacionamento com clientes e compradores estrangeiros.  

Hoje, a Catarina Mina possui pontos de venda na América Central, ilhas do Caribe, Dubai e Estados Unidos, além de exportar para Maldivas e Japão - mercados que valorizam fortemente produtos handmade e sustentáveis. 

Em 2024, o reconhecimento veio com o Prêmio Melhores dos Negócios Internacionais, uma iniciativa da ApexBrasil e da revista Exame, no qual a Catarina Mina foi vencedora na categoria Performance Exportadora – Empresa Exportadora do Ano (Micro/Pequena). 

Nosso trabalho é sobre criar conexões: entre quem faz e quem consome, entre o local e o global. A exportação é uma forma de mostrar que o artesanato brasileiro é sofisticado, sustentável e capaz de competir no mundo inteiro”, resume Celina Hissa. Ela reforça que mais do que uma marca, a Catarina Mina é um projeto coletivo que transforma o fazer manual em instrumento de autonomia e reconhecimento, mostrando que o verdadeiro luxo da moda está na história que cada peça carrega. 

Tema: Promoção Comercial
Mercado: Outros
Setor de Exportação: Outros
Setor de Investimento: Não se aplica
Erro: