Liderada pela ApexBrasil, delegação brasileira na OTC Houston 2024 deve gerar mais de USD 1,4 bi em negócios

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Durante a feira, o Brasil se destacou pela inovação que traz ao setor de segurança energética. Além das reuniões de negócio, a ApexBrasil promoveu rodadas de investimentos com investidores internacionais

Entre os dias 6 e 9/5, aconteceu, em Houston, a Offshore Technology Conference (OTC) 2024, reconhecida como a maior feira na temática de segurança energética no mundo. A Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) liderou a participação do Brasil no evento e levou uma delegação de 53 empresas para demonstrar a força do país. E, mais uma vez, a presença brasileira foi um sucesso. Batendo o recorde do Brasil na feira, foram fechados cerca de USD 316,01 milhões em negócios imediatos e existe a previsão de USD 1,14 bilhão para os próximos meses.

Com uma estrutura de destaque, o pavilhão brasileiro foi um dos pontos altos da feira e foi espaço de diversas reuniões de negócios e de atração de investimentos para o setor energético do Brasil. Na cerimônia de abertura do espaço, o diretor de Gestão Corporativa da ApexBrasil, Floriano Pesaro, destacou a importância da exportação em um setor cada vez mais global. “Nós sabemos que toda a tecnologia e todo o conhecimento do Brasil chamam a atenção do mundo. É por isso que esse pavilhão está tão cheio hoje, cheio de empresas, de pessoas interessadas, gente de fora do país interessada em comprar os produtos brasileiros desenvolvidos com nossa tecnologia própria”, afirmou. 

A Embaixadora Maria Izabel Vieira, Cônsul-Geral do Brasil em Houston, agradeceu à ApexBrasil pela liderança em uma iniciativa tão estratégica quanto a participação na OTC e reforçou a relevância de apresentar o país como como destino atraente e seguro para investimentos. “É motivo de orgulho verificar a excelência do Brasil em várias áreas. E o setor de energia é sempre uma delas, seja na exploração de petróleo, seja no desenvolvimento e na utilização de fontes renováveis de energia”, finalizou. 

Inovação brasileira

Foram quatro dias intensos de programação na OTC, com a exposição de 53 empresas brasileiras, além da participação de parceiros estratégicos do setor energético do Brasil. Ao todo, o pavilhão brasileiro contou com 1169 participantes, sendo a terceira maior delegação nesta edição.

Uma das representantes do Brasil foi a Geowellex. Já inserida no mercado há, aproximadamente, 10 anos, a marca tem desenvolvido muita inovação e novas tecnologias de digitalização do setor de óleo e gás. Leonardo Montalvão, geólogo e CEO, explica que o foco da empresa é monitorar e controlar o processo de perfuração de poços de petróleo, ajudando na segurança das operações e na qualidade dos dados coletados, especialmente os de natureza geológica. Para isso, desenvolvem soluções digitais (softwares e sistemas) que não só ajudam no processamento e na transmissão das informações, mas ajudam a identificar o tipo de fluido nas rochas.

Leonardo conta que já trabalha no setor há mais de 20 anos e, a partir da sua experiência prévia, sentiu falta de tecnologias que poderiam ajudar as operadoras a terem mais eficiência e a conseguir mais informações durante a perfuração dos poços. E assim surgiu a Geowellex.  Em uma década de existência, a marca já conquistou o mercado brasileiro – ocupando quase 100% do segmento onshore -, recebeu, no último ano, o Prêmio ANP de Inovação Tecnológica na categoria de exploração e produção, e está expandido, cada vez mais, sua atuação e seu alcance.  

Esse foi o quarto ano em que a Geowellex participou da OTC e Leonardo enxerga a presença na feira como uma estratégia valiosa para divulgar a marca, criar relações e fazer negócios. “Além de fortalecer laços de edições anteriores, esse ano foi surpreendente como a gente conheceu novos parceiros e novas empresas que devem resultar em mais projetos e mais contratos. O suporte que a ApexBrasil nos dá é fundamental para que possamos estar presentes nesses eventos, que nos ajudam a exportar e a atrair investimentos”, finalizou.

Também representando o Brasil estava a Altave, nascida em São José dos Campos há 13 anos. A empresa surgiu da mente de dois ex-alunos do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) que, após fazerem estágios no exterior, retornaram ao Brasil com diversas ideias e prontos para empreender e inovar. Bruno Avena, CEO, detalha que, inicialmente, o foco era em defesa e segurança pública, a partir da criação de um balão cativo para fins de conectividade e monitoramento de grandes áreas.

Mas, em 2016, os fundadores decidiram expandir a atuação e chegaram no setor de petróleo e gás, que hoje representa a maior parte do portfólio da empresa. Assim, com o uso de inteligência artificial (IA), passaram a implementar soluções de detecção de não conformidade e de risco. A IA faz monitoramento de operações e, quando identifica uma situação atípica, aciona o alerta (que pode chegar de várias formas) em tempo real para promover uma ação rápida, evitando acidentes em situações de risco.

Sobre a ambição de extrapolar fronteiras, Bruno comenta que “quando fomos para o setor de offshore, começamos a perceber que o mundo era muito maior que o Brasil”. Com essa mentalidade, esse foi o terceiro ano consecutivo da empresa na OTC, com o objetivo de expandir negócios e terem uma perenidade maior, não dependendo apenas de um mercado localizado.  

A partir do apoio da ApexBrasil, além de participar três vezes da feira em Houston, a Altave também já participou duas vezes da Adipec, feira do setor em Abu Dhabi. “A ApexBrasil é um recurso superimportante para empresas, principalmente para as menores como a nossa, que não teria a possibilidade financeira de estar aqui. Por exemplo, hoje temos uma operação em andamento no Oriente Médio graças ao apoio da Agência. Não vemos a possibilidade de internacionalizar sem esse apoio”, concluiu.

Facilitando conexões

Ainda no âmbito da OTC, a ApexBrasil, em parceria com o Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP) e com a Petrobras, organizou rodadas de investimentos entre estaleiros brasileiros e investidores internacionais, com o objetivo de desenvolver a indústria naval brasileira. Primeiramente, cada empresa brasileira teve a oportunidade de realizar um pitch, onde destacaram os seus potenciais e seus diferenciais, e, em seguida, foram realizadas reuniões individuais com os investidores estrangeiros.

As rodadas, que reuniram nove empresas brasileiras com 11 investidores internacionais, foram uma grande oportunidade para discutir parcerias e trazer novas tecnologias para o Brasil. Uma das companhias nacionais presentes foi a Andrade Gutierrez, empresa brasileira com 75 anos de existência, focada em engenharia e construção de grandes projetos para a área industrial e de infraestrutura. 

Júlia Maya, gerente de Desenvolvimento de Negócios para a área de óleo e gás da Andrade Gutierrez, destaca a importância de iniciativas assim para facilitar a prospecção e a aproximação com players internacionais. Julia aponta que esse trabalho é difícil e exige muito esforço, pois envolve uma seleção criteriosa de quais clientes e investidores têm um perfil compatível com o serviço oferecido pela empresa e, para que seja realizado com qualidade e assertividade, pode acabar demorando muito tempo.  “Então ter uma oportunidade dessas de fazer várias interações em único local, em um único dia, com vários clientes que a gente está buscando lá fora é muito mais fácil. É muito proveitoso e muito produtivo a gente estar aqui participando e tendo a oportunidade de falar com os players que a gente fica buscando um a um no exterior”, complementou.

 

Foto: Igor Coelho

Tema: Atração de Investimentos Estrangeiros
Mercado: América do Norte
Setor de Exportação: Não se aplica
Setor de Investimento: Petróleo e Gás
Setor de serviços:

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