“Nossos acordos comerciais precisam ser revistos e refeitos o mais rápido possível para melhorar a vida no México e no Brasil”, disse o presidente Lula

30/09/2024
Notícias da Indústria e Serviços
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“Nossos acordos comerciais precisam ser revistos e refeitos o mais rápido possível para melhorar a vida no México e no Brasil”, disse o presidente Lula

Descrição da imagem: 30.09.2024 - Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, durante a abertura do Seminário Empresarial México-Brasil. Cidade do México - México. Foto: Ricardo Stuckert / PR

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Presidente abriu o Fórum Empresarial México-Brasil, promovido pela ApexBrasil, MDIC, MRE e CNI, que reúne mais de 400 empresários brasileiros e mexicanos para aumentar o comércio e os investimentos bilaterais

 Ao abrir, nesta segunda-feira (30/10), o Fórum Empresarial México-Brasil, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu que os acordos comerciais entre os dois países “sejam revistos e melhorados o mais rápido possível para melhorar a vida no Mexico e no Brasil”.  Lula, que defendeu um novo rumo nas relações econômicas entre Brasil e México, afirmou ainda que o acordo Mercosul-União Europeia será fechado em breve, e que poderá ser estendido para a América Latina.

 O evento realizado pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), em parceria com o Ministério do Desenvolvimento Indústria e Serviços (MDIC), o Ministério das Relações Exteriores (MRE) e a Confederação Nacional das Indústrias (CNI) reuniu mais de 400 empresários dos maiores e mais promissores setores econômicos de Brasil e México. Foram debatidos temas como nova indústria, integração das cadeias produtivas e segurança alimentar, além de um balanço dos 22 anos de acordos econômicos entre as duas maiores economias da América Latina.

Em seu discurso, Lula também ressaltou seu compromisso com a estabilidade econômica e com a abertura de mercados. “Quanto começou meu governo, eu defini que precisaríamos de estabilidade fiscal e estabilidade econômica,e, para isso, precisaríamos de estabilidade política. Para ter essas três, precisaríamos de estabilidade social e estabilidade jurídica. Tudo isso, para ter previsibilidade para que ninguém fosse pego de surpresa. Temos uma conversa muito franca com empresários brasileiros e de outros países.”

 O presidente conclamou empresários e políticos de Brasil e México a estreitar relações de modo pragmático, sem prejudicar outras relações. “Eu não quero brigar com os Estados Unidos. Não quero brigar com a China. Eu quero é fazer negócios. Quero que nossas indústrias, nossas agriculturas cresçam. Quero que Brasil e México invistam na construção de uma inteligência artificial que possa resultar em benefícios econômicos para nós. Temos, agora, que gerar uma maior irmandade entre Brasil e México. O México tem que olhar mais para o Brasil e o Brasil para o México”.

Foi na conclusão de sua fala que Lula abordou a questão dos acordos comerciais entre Brasil e México, em sua maioria celebrados há quase vinte anos, em seu primeiro mandato, e defendeu sua revisão dentro de um novo rumo nas relações econômicas. Mostrou também estar confiante num desfecho bem sucedido das negociações entre Mercosul e União Europeia: “Vamos fechar o acordo Mercosul-União Europeia e esse acordo pode ser estendido para ser um acordo para a América Latina”, concluiu o presidente.

Também na abertura do fórum, o presidente da ApexBrasil, Jorge Viana, defendeu a necessidade de um novo acordo comercial, que amplie os fluxos de lado a lado. “Os acordos são do início dos anos 2000 e precisamos aumentar sua cobertura. Um acordo de livre comércio pode ser mais difícil, mas podemos fazer um acordo mais amplo que os existentes”.

 Jorge Viana ainda sublinhou o crescimento dos investimentos mexicanos no Brasil e como eles refletem o bom momento da economia brasileira. “Os anúncios de investimentos bilaterais desde o início do atual governo Lula já equivalem a mais que o dobro dos investimentos entre Brasil e México de 2012 a 2022”, disse Viana.

Pelo lado mexicano, falou o ex-chanceler e futuro ministro da Economia, Marcelo Ebrard, que deverá assumir o cargo nesta terça-feira, após a posse da nova presidenta do México, Claudia Sheinbaum. Ele previu uma nova fase nas relações bilaterais. “Gostaria de salientar a importância que têm esta visita e este Fórum, que refletem, sem dúvida alguma, o início de uma nova etapa na relação entre os dois países no âmbito econômico e em outras áreas também. Eu diria que há muito espaço para crescer esta relação entre os dois países.”

 Para Ebrard, “Temos muito por fazer juntos. Mas o mais importante aqui é o intangível, que é a vontade política, a resolução, a visão comum sobre o futuro. Isso é o que orienta este Fórum e isso irá nos permitir antecipar que teremos uma relação muito estreita”

Fórum Empresarial e o comércio Brasil-México

Para aumentar a participação do Brasil no comércio mundial, a ApexBrasil, o MDIC e o MRE têm realizado, desde o ano passado, encontros com diferentes países para discutir e aprofundar parcerias, atrair investimentos e promover as exportações do Brasil. Em 2023, foram US$ 339,7 bilhões exportados pelo país, valor recorde.  Em 2024, os dados confirmam a tendência de crescimento das exportações. No primeiro semestre, o Brasil vendeu US$ 167,6 bilhões, valor também recorde na série histórica para um primeiro semestre.

Com relação ao México,  o comércio bilateral alcançou seu maior patamar histórico em 2023, chegando a US$ 14,1 bilhões.  O México é o quinto principal destino das exportações brasileiras no mundo. As exportações brasileiras para o México são majoritariamente representadas pelos setores automotivo (veículos e autopeças) e de agronegócio.

O Fórum, que se estende ao longo do dia, ainda tratará da itnegração das cadeias produtivas e da contribuição do agronegócio brasileiro para a segurança alimentar e o controle da inflação mexicana. Em 2023, o México isentou de impostos de importação determinados produtos da cesta básica do país, o que aumentou competitividade do agronegócio brasileiro no mercado. As exportações do setor cresceram mais de 1 bilhão desde então e, segundo estudos da ApexBrasil, verificou-se uma correlação entre o aumento das vendas brasileiras e o controle da inflação mexicana

Foto: Ricardo Stuckert / PR

Tema: Expansão Internacional
Mercado: América do Sul
Setor de Exportação: Outros
Setor de Investimento: Serviços de Tecnologia
Setor de serviços:
Idioma de Publicação: Português

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