Mulheres e negócios nos Emirados Árabes Unidos é tema de webinar promovido pela ApexBrasil

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Com o intuito de desmistificar o cenário empresarial dos EAU, evento online reuniu empresárias de diferentes nacionalidades, que compartilharam histórias de sucesso e insights sobre como se destacar no mercado árabe

Qual o papel das mulheres no futuro do trabalho nos Emirados dos Árabes Unidos? Para debater essa questão, a ApexBrasil organizou, no dia 26 de junho, um webinar dedicado a ouvir empresárias de diversas partes do mundo que resolveram expandir seus negócios para o Golfo Pérsico. Com isso, elas compartilharam suas histórias, apontaram os principais desafios no caminho do empreendedorismo feminino internacional e inspiraram outras empresárias interessadas em iniciar novas jornadas rumo ao mercado árabe.

O evento é parte das ações do programa Mulheres e Negócios Internacionais, desenvolvido pela Agência. "Só no primeiro ano desse programa, nós já apoiamos mais de mil empresas lideradas por mulheres", explicou a diretora de Negócios da ApexBrasil, Ana Paula Repezza. "Desde que passei a integrar a diretoria da Agência, tive uma visão muito clara que meu legado aqui teria que ir além dos desafios tradicionais do comércio exterior. Essa é a razão pela qual eu levanto todo dia: apoiar mais mulheres no comércio internacional. Sinto que estamos atingindo esse objetivo em parceria com diversas entidades, e de uma forma muito engajada com todos os colaboradores da ApexBrasil", complementou Repezza em sua apresentação.

Para o webinar, a ApexBrasil contou com a mediação da gerente-geral do EA Dubai, Tatiana Riera, que conversou com empresárias do mundo inteiro sobre suas jornadas na liderança de negócios nos Emirados Árabes. A libanesa Nadine Halabi, chefe de Desenvolvimento e Operações do Dubai Business Women Council, falou de seu papel no Conselho, uma organização sem fins lucrativos que oferece todo um sistema de apoio para mulheres trabalhadoras, independentemente de nacionalidade ou do setor em que atuam. 

"É importante que saibam que os Emirados Árabes Unidos têm orgulho de que sua liderança apoia a ambos os gêneros, especialmente as mulheres. Isso é visível quando você olha a representação das mulheres nos setores público e privado. Estão no programa espacial, na indústria, na educação, nos serviços militares, no judiciário, na saúde". Para Halabi, ao contrário do que muita gente possa supor, os principais desafios enfrentados pelas mulheres nos Emirados Árabes não têm a ver com gênero, e sim, com autoconfiança. "Falta confiança para sair do mundo corporativo e entrar no empreendedorismo. É preciso ter acesso à informação e compreender que o mundo requer inovação, mudanças rápidas". 

Segundo Nadine, nos últimos anos, o governo dos EAU lançou uma série de iniciativas específicas para mulheres, como a criação de um Conselho de Equilíbrio de Gêneros. Já no setor privado, ela conta que muitas empresas são reconhecidas pela diversidade de gênero e pela implementação de novas políticas, oferecendo programas de mentoria e liderança, horários de trabalho mais flexíveis, aumento de período de licença- maternidade, além de ampliar direitos de homens que são pais para apoiar essas mulheres.

"A importância da igualdade de gênero nos EAU é algo que é levado muito a sério, porque acredita-se que empoderar mulheres é uma fonte importante de desenvolvimento econômico e social", concluiu.

A brasileira Maria Eduarda Pavani, fundadora do Café Três Marias, é um exemplo entre as mulheres que se sentiram acolhidas na região. Ela iniciou sua carreira há mais de dez anos como barista em um hotel 5 estrelas em Dubai. A paixão pelo mercado de café se transformou em negócio, crescendo e ultrapassando fronteiras. Para se manter relevante em um setor altamente competitivo, ela conta que se aprofundou no mercado financeiro, investiu em estratégias de marketing e buscou sempre novas oportunidades e redes de suporte, não se deixando abater pelas diferenças culturais. 

"Negócios têm altos e baixos e temos que manter os pés no chão para navegar essas variações. O mercado dos EAU me impulsionou a desenvolver meu negócio de formas que eu não imaginava. Todos os desafios contribuíram para meu crescimento". Apesar das diferenças, ela conta que questões de gênero não integram o rol de desafios enfrentados no caminho. "Aqui, nos sentimos empoderadas, seguras e temos uma voz. Nunca senti que estava sendo tratada de forma diferente devido a meu gênero", revela.

Soraya Tork, advogada libanesa que vive em Dubai há 11 anos, compartilhou como foi se estabelecer em uma profissão dominada majoritariamente por homens, em um país diferente. "Quando cheguei aqui, eu pensei que não teria lugar para mim. Mas tive uma surpresa", explica. "Se você tem asas e vier a Dubai, Dubai vai te permitir voar. Estou aqui fazendo o que amo e tentando fazer a diferença".

Lamis AL Hashimy, de Dubai, é cofundadora da Palmade Biodegradable Cutlery, empresa que produz utensílios sustentáveis a partir das folhas das palmeiras - árvores encontradas em abundância na região. O respeito à natureza aliado à inovação, tão valorizada pelos Emirados Árabes, criou um ambiente ideal para a ascensão dos negócios. "Os Emirados apoiam o empoderamento das mulheres e apoiam a inovação. É um ecossistema perfeito para quem quer se inserir na área de sustentabilidade", aponta.

Tema: Promoção Comercial — Qualificação Empresarial
Mercado: América do Sul — Oriente Médio
Setor de Exportação: Não se aplica
Setor de Investimento: Não se aplica
Setor de serviços:
Idioma de Publicação: Português

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