Revisitado a cada quatro anos, o Mapa Estratégico foi detalhado pela diretora de Negócios da ApexBrasil, Ana Repezza. As diretrizes, que passam por sustentabilidade, diversificação e equidade de gênero, vão orientar os trabalhos da Agência pelos próximos anos
Ser diverso, impactar o mundo, encantar o outro, buscar o novo, fazer acontecer, jogar junto. São esses os valores que nortearão os passos da ApexBrasil nos próximos anos, apresentados na terça-feira (5) pela diretora de Negócios da ApexBrasil, Ana Repezza. As diretrizes foram anunciadas durante o I Encontro Nacional de Indústria e Serviços, na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), e reforçam o compromisso da Agência com temas relacionados a ESG (sigla em inglês para meio ambiente, social e governança) e equidade de gênero.
A cada quatro anos, o Mapa Estratégico da Agência é revisitado, sempre conectado aos objetivos centrais de promoção de exportações e atração de investimentos. De acordo com Ana Repezza, eventos como mudança de governo, bem como a Guerra da Ucrânia e seus desdobramentos para as exportações, foram cruciais para a definição do novo mapa. O documento também foi elaborado em consonância com as políticas públicas do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), pasta à qual a ApexBrasil é vinculada e que anunciou, recentemente, uma nova política para a indústria brasileira, a Nova Indústria Brasil. “Essa é uma política que vai nos guiar muito fortemente”, reforçou Repezza.
A diretora também destacou a importante atuação dos projetos setoriais por meio das entidades parceiras, que, segundo ela, é vital para superar desafios e alcançar resultados. Mais de 30 entidades do setor produtivo apoiadas pela Agência participaram do I Encontro Nacional de Indústria e Serviços. “Vocês são o grande motor das empresas apoiadas pela Agência, bem como das exportações e das nossas ações de promoção comercial”, frisou Ana Repezza aos representantes das entidades.
Mapa Estratégico 2024 – 2027
Para elaborar o novo Mapa Estratégico, a ApexBrasil se manteve fiel à sua missão institucional, que envolve:
Promoção das Exportações: Ampliar a participação dos negócios brasileiros no exterior, desconcentrando origens e destinos, diversificando o perfil das empresas exportadoras e promovendo a sustentabilidade. “Queremos ser reconhecidos como uma agência sustentável em todas as nossas ações”, apontou Ana Repezza.
Atração de investimentos estrangeiros: Atrair investimentos estrangeiros para promover a industrialização, a inovação e o crescimento econômico, alinhados às políticas públicas nacionais. “A gente precisa contribuir para essas políticas ”, reforçou a diretora.
Imagem: Posicionar o Brasil como parceiro de negócios, promovendo suas empresas, produtos, oportunidades de investimento e parcerias inovadoras para atender às necessidades emergentes da sociedade global e a sustentabilidade do planeta.
Como visão, a ApexBrasil quer se tornar uma Agência digital e de excelência, reconhecida pelos seus clientes no Brasil e no mundo como principal parceira na promoção de negócios internacionais sustentáveis em termos econômicos, ambientais, sociais e de governança. A diretora Ana Repezza falou sobre o empenho da Agência no processo de modernização da casa. “A gente espera que os nossos sistemas se tornem mais amigáveis, como os sistemas de inclusão de projetos. A gente precisa primeiro se modernizar dentro de casa, para depois conseguir, também, extrapolar isso para fora, na nossa atuação”.
Diversificação
“Pensar em empresas de portes diferentes, de setores diferentes, de regiões diferentes, que possam atender mercados diferentes”, explicou Ana Repezza. De acordo com a diretora, só vai ser possível atingir resultados com a diversificação. “O Brasil tem hoje 29 mil empresas exportadoras e, entre elas, apenas cerca de 4 mil estão dentro da Apex. Além disso, a gente tem um número imenso de empresas não exportadoras - ou que a gente está chamando agora de potenciais exportadoras - que poderiam estar exportando e que muitas vezes não estão com a gente ou não estão nos projetos”.
Ana Repezza também defendeu diversificação das lideranças das empresas. “Empresas lideradas por mulheres, por negros, por indígenas. Vamos também buscar essa diversidade na governança da empresa e promover a sustentabilidade”, completou.
Equidade
Equidade de gênero também está entre as prioridades no escopo de atuação da Agência. Um exemplo é o esforço em ampliar a presença feminina no comércio exterior com o programa Mulheres e Negócios Internacionais. Desde seu lançamento, em junho de 2023, já foram feitas mais de 30 ações. “A gente colocou um requisito para que empresas lideradas por mulheres tivessem mais chances de ser selecionadas. Ou ações exclusivas, como rodadas de negócio só para mulheres. O resultado dessas ações foi mais de mil empresas sensibilizadas, atendidas para o tema”.
Representando a Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), Lílian Kaddissi afirmou que a ApexBrasil tem um importante papel de provocar as empresas no processo de reflexão e revisão da própria atuação. “A indústria têxtil tem uma participação fundamental de mulheres e a gente está super envolvida, inclusive agora com o projeto de mentoria do Elas Exportam, dedicado a moda e a cosméticos. Então eu acredito que esse é o papel da Agência, esse é o papel da gestora, nos provocar para que a gente possa evoluir cada vez mais”. Lílian é gerente-executiva do Programa TexBrasil, projeto setorial firmado entre a ApexBrasil e a Abit dedicado à promoção do setor têxtil no comércio exterior.
Atualmente, a Agência apoia mais de 17 mil empresas, sendo 43% delas de micro e pequeno porte. Mais informações em www.apexbrasil.com.br
Leia também as coberturas do evento de abertura e dos painéis de debate do Encontro.