O Seminário “Chile-Brasil - Mulheres Conectando Fronteiras” é uma parceria entre ApexBrasil, MRE, MDIC, ProChile e SUBREI, e promove diálogo entre representantes e empresárias dos dois países
Ao abrir o Seminário “Chile-Brasil - Mulheres Conectando Fronteiras” nesta terça-feira, em Santiago, o presidente da ApexBrasil, Jorge Viana, afirmou que o número de empresas lideradas por mulheres atendidas pela Agência cresce a cada dia: no primeiro semestre de 2024, já foram 2.400, 20% do total atendido. Lembrando que nem sempre foi assim, Viana falou da criação das politicas de gênero da ApexBrasil em sua gestão, como o programa Mulheres e Negócios Internacionais, por inspiração da Diretora de Negócios da Agência, Ana Repezza. Responsável pela organização do seminário, Repezza afirmou que, quando uma mulher empreende e exporta, provoca um impacto que resulta em mais empregos e desenvolvimento.
“Há dados comprovando que empresas que exportam empregam mais, pagam melhores salários e são mais longevas. No caso das mulheres, não só geram mais renda e investem, como geram mais desenvolvimento em suas regiões. Isso significa crescimento, desenvolvimento e uma sociedade melhor para todos”, disse Repezza.
Emocionada, a diretora lembrou que esta foi a primeira missão externa do governo brasileiro focada nas mulheres exportadoras, que participaram também de uma jornada de negócios em Santiago. “As palmas aqui são para vocês, pela coragem de empreender, de criar um produto e acreditar que há espaço no mundo para o produto de vocês”, afirmou a diretora.
Jorge Viana, por sua vez, destacou que a grande maioria dessas empresas já atendidas é de empresas pequenas e médias que passam a exportar, dentro do esforço crescente da Apex de diversificar exportações e ampliar as oportunidades seguindo critérios de equidade de gênero.
“Esse evento é um caminho que queremos abrir para as exportações se traduzirem melhoria de vida para as mulheres, porque quando as mulheres melhoram de vida, nós, homens, encontramos o paraíso”, disse o presidente da Agência, que defendeu que as empresas lideradas por mulheres terão importante papel na diversificação da pauta exportadora de Brasil e Chile.
O seminário, também paralelo à visita do presidente Lula ao Chile, tratou das politicas de inserção das mulheres no comércio exterior - tema incluído em acordos e memorandos de entendimentos assinados pelo Brasil. A programação foi organizada em conjunto pela ApexBrasil, o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), o Ministério das Relações Exteriores (MRE), o ProChile e a Subsecretaría de Relaciones Económicas Internacionales.
A Secretaria de América Latina e Caribe do Ministério das Relações Exteriores, embaixadora Gisela Padovan, integrante da comitiva do presidente Lula no Chile, falou de uma dimensão importante da visita, que tratou do desafio de diversificar a agenda exportadora, inclusive com critérios de gênero. "A perspectiva é que, neste evento, a partir das oportunidades de networking e da identificação de problemas e de soluções, que mais mulheres vençam barreiras e se envolvam no mercado exterior, trazendo mais lucro e prosperidade para os seus países", comentou a embaixadora.