Programa Mulheres e Negócios Internacionais da ApexBrasil celebra um ano com programação especial em SP

19/03/2024
Mulheres e Negócios Internacionais
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Programa Mulheres e Negócios Internacionais da ApexBrasil celebra um ano com programação especial em SP

Descrição da imagem: Foto. Pessoas no painel Mulheres e Negócios Internacionais.

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Evento ocorreu nesta segunda-feira e reuniu autoridades governamentais, instituições parceiras e empresárias. Apenas em seis meses, 33 novas ações promovidas pela Agência impactaram mais de mil empresas apoiadas pelo programa MNI

Um ano após o lançamento do Compromisso de Equidade de Gênero pela Agência Brasileira de Promoção de Exportação e Investimentos (ApexBrasil), chegou a hora de comemorar os resultados das ações traçadas na busca de uma sociedade mais igualitária. Uma dessas iniciativas é o Programa Mulheres e Negócios Internacionais, cujo balanço foi apresentado em evento nesta segunda-feira (18), no hotel Hilton São Paulo Morumbi.

Em parceria com a Folha de São Paulo, estiveram reunidas autoridades governamentais, instituições parceiras, entidades setoriais e empresárias para conhecer os resultados do programa da ApexBrasil e discutir questões relevantes sobre o empreendedorismo feminino nos negócios internacionais.

Na cerimônia de abertura do evento que marcou o primeiro ano do Programa Mulheres e Negócios Internacionais, o presidente da ApexBrasil, Jorge Viana, reforçou que a Agência trabalha para ser exemplo. "Nós, quando começamos esse trabalho, encontramos 20 parceiros. Agora já são 50. As coisas estão acontecendo", comemorou.

Para a diretora de Negócios da Agência e idealizadora do Programa Mulheres e Negócios Internacionais, Ana Paula Repezza, a luta por uma sociedade mais igualitária deve começar dentro das próprias organizações. "Hoje, nós podemos dizer que na ApexBrasil, nós temos 50% das posições de liderança já ocupadas por mulheres", destacou.

Em sua fala, Ana Carolina Querino, representante da ONU Mulheres Brasil, defendeu a importância de programas de equidade de gênero. "O que nós queremos é que todas as mulheres tenham igualdade de oportunidades e que qualquer barreira que elas encontrem possam ser eliminadas por meio dessa atuação conjunta".

Representando a Frente Parlamentar Pela Mulher Empreendedora, a secretária-executiva Beatriz Nóbrega destacou a importância do fortalecimento de parcerias e da união de forças para que cada vez mais mulheres consigam conquistar o mundo. "Não faz sentido nós sermos um país continental, a décima economia do mundo, e termos menos de um por cento do comércio exterior", opinou.

Patrícia Mourão, Coordenadora-Geral de Organização Socioprodutiva de Mulheres Rurais, reafirmou o compromisso da instituição na implementação de iniciativas que possam fortalecer a participação de mulheres rurais nos negócios internacionais. "Se a gente já tem um pequeno número de empreendimentos liderados por mulheres participando dos mercados internacionais, essa participação é ainda mais reduzida quando a gente trata de mulheres da agricultura familiar, indígenas, quilombolas, ribeirinhas e extrativistas", pontuou.

Maria Helena Guarezi, Secretária-Executiva do Ministério das Mulheres, falou da importância da reestruturação da pasta durante o governo Lula, e citou uma série de ações direcionadas ao empoderamento feminino desde então, como a Lei de Igualdade Salarial, o Programa Pró-Equidade de Gênero e Raça, programas de crédito, articulação com setor público e privado, entre outras. "Não queremos apenas empreender, queremos estar na decisão desses empreendimentos", declarou.

Tatiana Prazeres, Secretária de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) lembrou que apenas 14% das empresas exportadoras são lideradas por mulheres. "Empresas que exportam são mais inovadoras, mais produtivas, resilientes, remuneram melhor seus empregados. As empresas que exportam contratam a mão de obra mais qualificada, de maneira que incluir mulheres no comércio exterior é uma forma fabulosa de gerar oportunidades econômicas capazes de mudar a vida de mulheres, de famílias, de empresas, de comunidades, e, em última instância, do Brasil", declarou.

Para a deputada federal Jack Rocha, ações como Mulheres e Negócios Internacionais reforçam a retomada de um processo histórico de dar visibilidade à luta das mulheres. Ela foi a primeira deputada federal negra eleita pelo Espírito Santo e é relatora da Lei de Igualdade Salarial.

Ao encerrar a cerimônia de abertura do evento, Jorge Viana lembrou com orgulho do prêmio de Boas Práticas do Movimento Elas Lideram 2030, concedido pela Rede Brasil do Pacto Global da ONU em Nova York, na última semana, em referência ao Mulheres e Negócios internacionais. Um programa que, para a ApexBrasil, está apenas no começo.

Resultados

Para falar dos principais resultados alcançados pela ApexBrasil a partir do lançamento de seu compromisso com a Equidade de Gênero, estiveram reunidas a gerente de Recursos Humanos, Celene Melo, a coordenadora de Aquisições, Luciana Dionizio e a diretora de Negócios da Agência, Ana Repezza.

No painel, elas destacaram os 50% ocupados por mulheres em posições de liderança na Agência. Com isso, ocorre também uma alteração no estatuto da ApexBrasil, colocando de forma permanente que os cargos de autogestão da Agência precisam ser ocupados de forma equitativa. Houve ainda mudanças no regulamento das ações de negócios diretamente executadas pela Agência. A partir disso, empresas lideradas por mulheres interessadas em participar de uma ação recebem uma pontuação extra, em uma busca ativa por mais mulheres.

Além disso, em apenas seis meses, mais de mil empresas lideradas por mulheres foram apoiadas por meio de mais de 30 ações viabilizadas pela Agência. Dessas, 350 foram convertidas em novas exportadoras. Um resultado expressivo, segundo Repezza. "O Programa Mulheres e Negócios Internacionais não é mais uma agenda só do Gabinete da Diretoria de Negócios. Ele se tornou uma ação transversal dentro da agência", afirmou. Para Ana, o que mais impressionou ao longo do processo foi identificar a demanda reprimida que havia. "Todas as ações que a gente tem feito até agora tem tido lotação esgotada, fila de espera, mais gente querendo participar, o que mostra que realmente existe uma lacuna muito grande de apoio ao empreendedorismo e liderança feminina nos negócios internacionais, e a ApexBrasil, junto com os parceiros, está aqui para ajudar a preencher essa lacuna", anunciou.

Luciana lembrou que, no momento de contratação de mão de obra terceirizada da Agência, 8% da força de trabalho deverá ser constituída de mulheres vítimas de violência doméstica - uma exigência do governo federal e que agora passa a ser cumprida pela ApexBrasil. " Todos aqueles nossos stakeholders e fornecedores vão ser impactados na medida em que eles tiverem interesse em fazer negócio com a ApexBrasil".

Mulheres que exportam do Norte a Sul do Brasil

Durante o evento, um painel também foi dedicado a mulheres parceiras da ApexBrasil e suas histórias inspiradoras, cada uma delas representando uma região brasileira.

Susana Vieira está à frente da Cooperar, uma cooperativa extrativista no interior da Amazônia. Ela conta que o empreendimento, criado há mais de 20 anos, atuava de forma irregular, impossibilitando sua entrada no comércio exterior. Isso, claro, até conhecer a ApexBrasil. "Participamos do programa de qualificação que a ApexBrasil oferece, de mesas de exportação, de rodadas de negócio. Isso fez com que a Cooperar abrisse um leque de clientes e conseguisse exportar".

Representando a região Centro-Oeste, Elaine Moura, CEO da empresa Popcorn Gourmet, conta que o diferencial de sua marca é transformar um produto simples em uma iguaria. Um exemplo é a pipoca de açaí, feita com ingredientes de verdade, oferecendo uma experiência completa. Dedicada, a princípio, exclusivamente ao mercado norte-americano, Elaine conta que, com a ApexBrasil, entendeu a importância da diversificação de mercados. "Eles me trouxeram uma série de estudos mostrando a viabilidade econômica e a importância de não mirar em um único país".

Já Carolina Caravana Laubisch, representando a Aiyra, uma empresa de desenvolvimento de games da região Sudeste do Brasil, afirmou que 95% das plataformas de distribuição de jogos são internacionais. Ela participou do Programa de Qualificação para Exportação (PEIEX) e do projeto Brazil Games, e comentou sobre a importância do apoio da ApexBrasil ao longo do processo de desenvolvimento que chamou de maturidade exportadora. "É essa noção de identificar qual o caminho deve ser seguido e identificar quais as próximas etapas do processo", esclareceu. Ela lembra de todo o apoio que recebeu da Agência, que, para ela, foi muito além de oferecer capacitação. "Inclusive nos pré-eventos internacionais, orientando como funciona a cultura daquele lugar, como funciona o transporte, enfim, existe uma capacitação também em cima disso que é muito prática e que ajuda o empreendedor a conseguir enfrentar essa entrada no mercado internacional", concluiu.

Programa Mulheres e Negócios Internacionais (MNI)

Criado em junho de 2023, o Programa Mulheres e Negócios Internacionais da ApexBrasil reúne diversas entidades parceiras para apoiar e promover a equidade de gênero no mercado internacional. Entre as atividades previstas pelo Programa estão ações de inteligência de mercado, capacitação, promoção comercial e atração de investimentos estrangeiros para empresas lideradas por mulheres. Além de ações oferecidas exclusivamente para mulheres, a ApexBrasil também tem incorporado a paridade de gênero em todas as suas atividades, com mecanismos que favorecem a maior participação de empresas lideradas por mulheres. Confira a landing page do Programa Aqui.

Tema: Qualificação Empresarial — Expansão Internacional
Mercado: América do Sul — Outros
Setor de Exportação: Não se aplica
Setor de Investimento: Não se aplica
Setor de serviços: Não se aplica
Idioma de Publicação: Português
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