Africa's Big 7: empresas brasileiras movimentam mais de US$ 2 milhões em negócios

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ApexBrasil levou 19 empresas de alimentos e bebidas à principal feira do setor no continente africano, marcando a retomada da participação brasileira nos grandes eventos de negócios na região

Os produtos da agroindústria brasileira estão prontos para adentrar, expandir e consolidar sua presença em mercados africanos. É o que mostram os resultados da participação do Brasil na Africa’s Big 7, a maior feira de alimentos e bebidas do continente. Entre os dias 11 e 13 de junho, em Joanesburgo, na África do Sul, 19 empresas do setor reportaram US$ 2,336.000 em negócios, somando as vendas imediatas com aquelas estimadas para os 12 meses seguintes ao evento.  

Liderada pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), a ida da delegação à Africa’s Big 7 selou a retomada da participação do Brasil nas grandes feiras africanas de negócios. A atividade aconteceu no marco da missão Brasil-Africa Solutions da ApexBrasil, que buscou gerar oportunidades de comércio entre o Brasil e os países do sul da África (leia mais aqui).  

Além de fechar negócios, as expositoras brasileiras fizeram 160 contatos com potenciais compradores durante os três dias de evento. No Pavilhão do Brasil na feira, estavam os estandes das empresas Embaré, de balas e caramelos; Café Meridiano, de café em grão, moído e em cápsulas; e Eco Foods; que produz açaí e polpas de outras frutas. Além disso, por meio do programa Brasil Trade Lounge (BTL), a delegação brasileira contou com três comerciais exportadoras (ECEs).  

Foram elas XM Comex, representando Bilu Alimentos, Noronha Pescados e Amazon Tasty; Samerica, que representou Alessandro Saba Licores, Jos Brasil, Qualinova, Mirante Alquimias e Grão Nativo; e Mescla, apresentando aos visitantes Tropical Star, Essencias Brazil, Korin, Doces Paje e Açaí no Kilo. O BTL é uma iniciativa da ApexBrasil, em parceria com o Conselho Brasileiro das Empresas Comerciais Importadoras e Exportadoras (CECIEx), para que empresas de pequeno porte, em geral de maturidade exportadora iniciante, exponham seus produtos em feiras internacionais renomadas sem precisar ir ao evento.

Em sua 21ª edição, a Africa’s Big 7 reuniu cerca de 200 expositores globais, além de compradores do setor e líderes da indústria alimentícia e de bebidas, com foco em alimentos secos, congelados, bebidas e equipamentos de processamento e embalagens. A feira oferece uma oportunidade única para explorar novos produtos, identificar tendências e estabelecer conexões importantes no mercado africano, que movimenta cerca de US$ 313 bilhões.

Brasil de volta à África

A inauguração do Pavilhão do Brasil na Africa’s Big 7 aconteceu na manhã de 11 de junho, com a presença da diretora de Negócios da ApexBrasil, Ana Repezza. “É uma honra muito grande reabrir a nossa participação aqui na Big 7, após análise e planejamento das prioridades do governo brasileiro no continente africano. No ano passado, em encontro com os SECOMs de todas as embaixadas no continente, ficou muito clara a necessidade de uma presença mais estruturada do Brasil na região”, sublinhou Repezza, em menção ao encontro que reuniu, em agosto de 2023, as representações diplomáticas do Brasil em mais de 20 nações do continente.    

Presente na abertura, a encarregada de Negócios da Embaixada do Brasil na África do Sul, embaixadora Ligia Maria Scherer, chamou a atenção para o novo momento da diplomacia brasileira no continente africano. “O Brasil está muito bem representado, com várias empresas que exportam excelentes alimentos nossos. Esse é um momento importante para o Brasil porque é o relançamento das relações entre o Brasil e a África como um todo, e particularmente o Brasil e a África do Sul”, destacou Scherer.

Também durante a cerimônia, o adido agrícola do Ministério da Agricultura e Pecuária no país sul-africano, Carlos Muller, ressaltou para o grande potencial que o mercado africano tem para o exportador brasileiro. “Recentemente tivemos algumas importantes aberturas de mercado aqui na região, como a de pescados, que envolveu uma negociação específica do certificado para pescados na África do Sul”, destacou o adido. Muller ressaltou também que a África do Sul e o sul da África como um todo apresentam um grande potencial de mercado para os produtos agrícolas e os agroprocessados brasileiro.

Compareceram à abertura, ainda, o ministro-conselheiro da Embaixada do Brasil na África do Sul, Murilo Kominski, e o chefe do Setor de Promoção Comercial (SECOM) no país, Ricardo Bernhard.

Delegação brasileira

Além de expor em um estande, a empresa capixaba Café Meridiano ofereceu a bebida servida aos visitantes do pavilhão do Brasil. “Viemos com o objetivo de buscar parceiros para ingressar no mercado africano. Por meio da ApexBrasil, tivemos acesso a estudos de Inteligência que demonstraram uma grande oportunidade para o nosso setor aqui no continente”, destacou o gerente de exportações da marca, Renato Fasolo.

Na mesma linha, a CEO da empresa paulista Samerica Trade, Tatiana Reis, comentou que a empresa tem recebido muitos contatos do continente. “A gente achou que essa oportunidade era importante para estreitar os laços e colocar os produtos nesse mercado”, complementou.

Também integrando a delegação brasileira na Africa’s Big 7, a paraense Ecofoods serviu aos visitantes o sorbet de açaí, uma espécie de sorvete que não leva leite nem conservantes. “Com a ajuda da ApexBrasil nós conseguimos acessar esse mercado pela primeira vez. Ano passado, por meio do projeto Matchmaking on Demand, tivemos a ideia de focar no mercado sul-africano, que ainda é pouco explorado. A gente não vê o açaí aqui, por exemplo. O consumidor é muito ávido por novos produtos e o acredito que o açaí poderá ter uma boa penetração”, realçou o supervisor de Negócios e Parcerias Internacionais, Bonifácio Sena.   

Os conhecidos caramelos da Embaré foram outro destaque da delegação brasileira no evento. “Nós já vendemos os nossos caramelos no mercado sul-africano; temos presença no mercado africano como um todo, principalmente na África Ocidental e nos mercados árabes da parte norte. É muito importante a nossa presença para começar a entender os clientes e o comércio local, as demandas, os tipos de novidade e a apresentação dos produtos”, observou o executivo de vendas internacionais da empresa, Rafael Soares.  

Negócios e Investimentos 

Em 2023, as exportações brasileiras para África bateram recorde histórico, alcançando US$ 13,2 bilhões. Em conjunto, os países africanos já são o quarto principal destino das exportações brasileiras, mas há espaço para ampliar e diversificar o comércio bilateral. A pauta exportadora do Brasil para o continente está concentrada em commodities, com destaque para produtos do complexo de alimentos e bebidas (como açúcar, milho, carnes de aves, soja, carne bovina e óleo de soja), para minério de ferro e para óleos combustíveis de petróleo.  

Além das commodities, veículos rodoviários aparecem entre os principais produtos exportados, sendo que suas vendas contribuíram para a expansão das exportações em 2023. Quanto aos destinos, Argélia (17,9%), Egito (17,6%), África do Sul (12,4%), Marrocos (9,4%) e Nigéria (7,4%) foram os principais compradores brasileiros no continente. Esses países representam quase dois terços do valor exportado no último ano, como aponta o Perfil de Comércio e Investimentos África, publicado pela ApexBrasil.   

O estudo também indica quais produtos brasileiros ampliaram sua participação no mercado, aqueles que perderam espaço, os principais concorrentes brasileiros e as mais de 6 mil oportunidades identificadas pelo Mapa de Oportunidades em diversos setores. Alguns destaques são combustíveis minerais (óleos brutos, óleos combustíveis e produtos residuais de petróleo); produtos alimentícios (açúcar, milho e carne e frango); e máquinas e equipamentos de transporte (zinco, ferroníquel, madeiras compensadas e papel). 

Clique aqui para acessar o estudo completo.

Tema: Promoção Comercial — Inteligência — Expansão Internacional
Mercado: África
Setor de Exportação: Alimentos, Bebidas e Agronegócios
Setor de Investimento: Não se aplica
Setor de serviços:

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