O Brazilian Renderers, uma parceria entre a Associação Brasileira de Reciclagem Animal (ABRA) e a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), participou da Convenção Anual da North American Renderers Association (NARA), entre os dias 21 e 25 de outubro, na Flórida.
A participação na feira foi oportunidade para o Brazilian Renderers expandir seu networking e acompanhar de perto os desafios e avanços que moldam o setor de reciclagem animal à nível mundial. Pedro Bittar, Presidente do Conselho Diretivo da ABRA, representou o Projeto e Associação nas palestras e seminários.
Reunião da WRO
O presidente do Conselho Diretivo da ABRA, Pedro Bittar, marcou presença na Reunião da World Renderers Organization (WRO), realizada no dia 22 de outubro, durante a Convenção Anual da NARA, na Flórida (Estados Unidos). O encontro reuniu diversas associações membros da WRO para discutir o futuro do rendering e alinhar estratégias globais voltadas à sustentabilidade e à valorização dos subprodutos de origem animal.
ABRA apresenta panorama do setor brasileiro de reciclagem animal
No dia 24, a Associação Brasileira de Reciclagem Animal (ABRA), por meio do Projeto Brazilian Renderers, apresentou os números de 2024 do setor de reciclagem animal do Brasil, traçando um panorama claro sobre os mercados abertos, eventos promovidos e participações internacionais, além de dados atualizados de exportação.
A apresentação destacou a evolução do desempenho do setor e reforçou o compromisso da ABRA com a promoção global dos produtos brasileiros de rendering, fortalecendo a imagem do país como fornecedor de ingredientes de alta qualidade para nutrição animal e outras aplicações sustentáveis.
Panorama da Convenção NARA 2025: estratégia, ciência e sustentabilidade
21 de outubro – Inovação e Sustentabilidade em foco
O primeiro dia da Convenção foi marcado por discussões técnicas sobre qualidade, inovação e sustentabilidade na indústria de rendering. Os especialistas apresentaram avanços na padronização internacional de ingredientes, com a inclusão dos “Produtos de Rendering” no grupo Novel Food Groups da AOAC. Houve destaque também para o uso de tecnologias de análise rápida, que permitem o controle de qualidade em tempo real nas fábricas. No campo ambiental, a pauta sobre emissões de metano trouxe uma nova perspectiva científica: o gás foi classificado como um “gás de fluxo”, de ciclo curto, cuja redução pode gerar resfriamento climático — reforçando o potencial do rendering como agente de mitigação ambiental e de economia circular.
22 de outubro – Política, regulação e segurança da cadeia
O segundo dia concentrou as discussões em torno das políticas públicas e regulamentações que impactam o setor. Representantes internacionais alertaram para os riscos da crescente competição por matérias-primas — especialmente gorduras animais — entre o rendering e as indústrias de biocombustíveis. Também foi debatida a necessidade de atualizar diretrizes oficiais para garantir o reconhecimento dos produtos de rendering como mercadorias seguras, apoiadas por organismos internacionais como a OMSA e a FAO. O tema da rastreabilidade apareceu como ponto-chave para a segurança da cadeia e para o fortalecimento da confiança do consumidor.
23 de outubro – Desafios econômicos e tecnológicos
O terceiro dia abordou questões de segurança e macroeconomia, com destaque para o aumento do roubo de óleo de cozinha usado (UCO), problema já classificado como ameaça à segurança nacional em alguns países. A discussão revelou conexões entre o crime organizado e o comércio ilegal de subprodutos, além de apresentar soluções tecnológicas baseadas em sensores e cadeias digitais de custódia. Os painéis também relacionaram o valor crescente do sebo e do UCO com a demanda por biocombustíveis, reforçando a necessidade de inovação para equilibrar rentabilidade e estabilidade de oferta.
24 de outubro – Estratégia global e cooperação internacional
O último dia foi voltado à construção de estratégias globais e parcerias institucionais. As discussões abordaram o avanço da aquicultura e as barreiras regulatórias que ainda limitam a entrada de produtos de rendering em alguns mercados. Iniciativas educacionais, como a Rendering University e o New Buyer’s Guide, foram lançadas para ampliar o conhecimento técnico sobre o setor e reduzir o chamado “ick factor” — a percepção equivocada sobre o uso de subprodutos animais. Também foi destacada a parceria com o World Wide Fund for Nature (WWF), que reconhece o potencial do rendering como uma “oportunidade de trilhão de dólares” para a economia circular global.
Brazilian Renderers
Desde 2012, a ABRA e a ApexBrasil promovem em parceria o projeto Brazilian Renderers, com o objetivo de fomentar as exportações do setor de Reciclagem Animal — farinhas, gorduras, hemoderivados, palatabilizantes e proteínas hidrolisadas de origem animal. Por meio da participação em feiras, realização de workshops e outras ações especiais de promoção comercial, os projetos valorizam atributos da indústria da reciclagem animal e seus produtos — como a qualidade, o status sanitário e a sustentabilidade da produção — e valorizam as marcas internacionais dos produtos, fomentando novos negócios para os exportadores brasileiros. Informações sobre como fazer parte dos projetos setoriais podem ser obtidas pelo site brazilianrenderers.com.
Sobre a ABRA
A Associação Brasileira de Reciclagem Animal (ABRA) é uma entidade que representa as indústrias do setor de reciclagem animal produtoras de farinhas, gorduras, hemoderivados, palatabilizantes e proteínas hidrolisadas de origem animal. É uma entidade sem fins lucrativos. Foi fundada em 2006 e trabalha para promover os seus associados, divulgar ações voltadas para o segmento, intermediar a relação com outras entidades e órgãos governamentais, além de fomentar a geração de negócios no mercado nacional e internacional. Para saber mais, acesse: abra.ind.br.
Sobre a ApexBrasil
A Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) atua para promover produtos e serviços brasileiros no exterior e atrair investimentos estrangeiros para setores estratégicos da economia brasileira. Para alcançar os objetivos, a ApexBrasil realiza ações direcionadas de promoção comercial que visam promover as exportações e valorizar os produtos e serviços brasileiros no exterior, como missões prospectivas e comerciais, rodadas de negócios, apoio à participação de empresas brasileiras em grandes feiras internacionais, visitas de compradores estrangeiros e formadores de opinião para conhecer a estrutura produtiva brasileira, entre outras plataformas de negócios que também têm por objetivo fortalecer a marca Brasil.
A Agência também atua de forma coordenada com atores públicos e privados para atração de investimentos estrangeiros (IED) para o Brasil com foco em setores estratégicos para o desenvolvimento da competitividade das empresas brasileiras e do país.