Brasil revela os melhores cafés especiais produzidos na safra 2025

04/11/2025
Institucional

Por: Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA)

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Brasil revela os melhores cafés especiais produzidos na safra 2025

Descrição da imagem: Os cobiçados troféus de campeões do Cup of Excellence conheceram seus donos no último sábado, 1º de novembro, em São Paulo (SP)

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O Brasil revelou os 30 melhores cafés especiais produzidos na safra 2025 em cerimônia de premiação realizada em São Paulo (SP), no dia 1º de novembro, do 26º Cup of Excellence Brazil 2025, principal concurso de qualidade do mundo para o produto, que é realizado pela Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA), em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) e a Alliance for Coffee Excellence (ACE), como ação do projeto "Brazil. The Coffee Nation".

 

A competição conta com três categorias, que tiveram 10 vencedores cada. Na "Experimental", que envolve cafés especiais que passaram por algum tipo de fermentação induzida, o campeão foi o café da variedade Geisha, produzido pelo grupo Ipanema Agrícola, na Fazenda Rio Verde, em Conceição do Rio Verde (MG), na Mantiqueira de Minas, com a nota 91,68 pontos na escala de zero a 100 da competição.

 

O pódio foi completado pelo café especial da variedade Arara, cultivado por José Carlos dos Reis, na Fazenda Rancho Grande, em Três Pontas (MG), no Sul de Minas, e pelo café também da variedade Arara produzido por Sebastião Daniel da Silva, no Sítio São Sebastião, em Cristina (MG), na Mantiqueira, com 90,29 pontos. Esses três lotes foram considerados "cafés presidenciais" por alcançarem nota superior a 90 pontos.

 

Na categoria Via Úmida, destinada aos cafés especiais cerejas descascados, despolpados ou desmucilados, o campeão foi o produto cultivado por Marcelo Assis Nogueira, na Fazenda Água Limpa, em Campos Altos (MG), no Cerrado Mineiro, com a nota 91,37 pontos para sua variedade Arara. O segundo colocado foi o café especial da variedade Catucaí, produzido por Marcelo Carvalho Ferraz na Fazenda Boa Vista, em Dom Viçoso (MG), na Mantiqueira, com 90,82 pontos.

 

O terceiro lugar ficou com a produtora Osvaldina Alves Dutra, com seu café especial da variedade Kent, cultivado na Fazenda Água Limpa, em São João do Manhuaçu (MG), nas Matas de Minas, que alcançou 90,50 pontos. Além dos três primeiros, o quarto colocado dessa categoria também superou os 90 pontos e foi considerado "café presidencial". Trata-se da variedade Arara produzida por Ercilei José de Oliveira, no Sítio Pedro Varinhas, em Manhuaçu (MG), também nas Matas de Minas, com 90,08 pontos.

 

Já a categoria "Via Seca", que inclui os cafés especiais colhidos e secos com casca, teve como campeão o fruto da variedade Arara, cultivado por Paulo Fernando Chaves de Brito, na Fazenda Aracaçu, em Três Pontas (MG), no Sul de Minas.

 

O segundo lugar ficou com o café especial, variedade Geisha, produzido por Danilo Barbosa, na Fazenda Sucuri, em Coromandel (MG), no Cerrado Mineiro, com 90,32 pontos. O pódio foi completado por Gustavo Andrade Alvarenga, com seu café especial de 90,11 pontos, variedade Paraíso, cultivado na Fazenda Chapadão, em Pratinha (MG), no Cerrado Mineiro.

 

Além dos 30 vencedores de cada categoria, o Cup of Excellence Brazil 2025 teve outros 10 cafés especiais eleitos “National Winners” — confira a lista completa aqui — , que foram os lotes que ficaram abaixo do top 10, mas que voltaram a receber nota superior a 86 pontos do júri internacional na fase final do concurso, que contou com 30 provadores profissionais de Alemanha, China, Coreia do Sul, Estados Unidos, Grécia, Japão, México, Omã, Reino Unido, Tailândia, Taiwan e do próprio Brasil.

 

“São 40 amostras vencedoras e, dessas, tivemos, entre as 17 variedades campeãs, quatro Geishas e 18 Araras. Observamos uma dominância de variedades brasileiras desempenhando na xícara um padrão que os juízes internacionais avaliaram como ‘super’, acima da aclamada Geisha. Isso reflete a essência de nossa competição, que foca na descoberta de novos produtores e origens, que investem em tecnologia no manejo e, a cada ano, apresentam ao mundo novas variedades e experiências, ou seja, o que o Brasil possui de melhor em cafés especiais”, destaca o diretor executivo da BSCA, Vinicius Estrela.

 

O diretor-geral do Cup of Excellence na ACE, Gary Urrutia, de Honduras, país também produtor, esteve pela primeira vez no Brasil e se encantou com o que viu em visitas a propriedades cafeeiras e com a forma que é feita a cafeicultura no Brasil.

 

“É muita inovação e comprometimento com a qualidade. Volto mudado com essa experiência. (...) Hoje é dia de celebrar o Brasil, os produtores brasileiros. O CoE foi criado no Brasil e, desde então, o Brasil apresenta para o mundo as tendências de ressignificação dos cafés especiais, com produtores apresentando coisas novas e novas a cada ano, as quais ditam essa tendência dos cafés especiais no mundo”, enaltece.

 

O head judge do júri internacional da competição, John Thompson, da Escócia, no Reino Unido, esteve pela última vez no Brasil em 2015 e, atualmente, aponta que a competição está completamente diferente, com cafés completamente diferentes e evoluídos em relação aos que provou há 10 anos, reforçando a ideia de inovação e tecnologia aplicada pelos cafeicultores.

 

“Elogio o Brasil por ter sido o primeiro país a fazer a competição em três categorias, permitindo que os cafés sejam avaliados conforme sua melhor característica, dentro do seu processo de produção. O Brasil possui uma característica única, que é a diversidade da cafeicultura, o que faz com que algumas variedades brasileiras apareçam com ‘bastante força’ nas mesas de prova, sendo este um ativo do Brasil que dificilmente se vê em outros países. Os cafés são espetaculares, estou encantando, agradeço os produtores por essa entrega e os encorajo para que sigam enviando esses cafés para que nós, jurados internacionais, possamos encontrar essas joias e prová-las”, salienta.

 

O diretor executivo da BSCA recorda que os cafés provados no concurso deste ano iniciaram o processo produtivo, com inovação e tecnologia por parte dos produtores, há pelos menos quatro anos para que entregassem essa qualidade enaltecida.

 

“O Cup of Excellence não é sobre o valor da saca, é sobre descobrir novos produtores e apresentar o café especial brasileiro sob uma nova perspectiva. Tivemos três cafés naturais acima de 90 pontos, quatro na categoria Via Úmida e mais três na Experimental. Isso afirma que não é um café que despontou, mas sim que o produtor brasileiro vem dominando os processos de produção para agregar valor. Isso mostra a maturidade do cafeicultor brasileiro na aplicação e na criação de novas tecnologias, que valorizam a qualidade do café, e o resultado do concurso foi a coroação dos trabalhos que começaram há dez, seis, cinco ou pelo menos quatro anos”, lembra.

 

Estrela completa que se trata de uma transformação “grande demais”, principalmente por ter sido conduzida com foco em sustentabilidade e qualidade, respeitando meio ambiente e as pessoas.

 

“Os cafés vencedores são verdadeiros absurdos e não são todos iguais, o que intensifica o que temos dito sobre a diversidade gerada pelos investimentos dos produtores. Um café possuía doçura absurda, outro um grau de exótico, outro um floral intenso, outro com acidez absurda... e todos com a régua lá em cima, tanto que tivemos 10 cafés com nota superior a 90 pontos. Isso nos passa a seguinte mensagem: nenhum disparou em relação a outro, isto é, não é um café, é a coletividade da qualidade dos cafés especiais do Brasil. É bacana demais, fortalece nossa diversidade qualitativa e dá muito orgulho”, festeja.

 

“LENDAS DA EXCELÊNCIA”

Neste a no, a ACE elegeu as seis primeiras lendas do café especial no mundo e uma delas é brasileira: Luiz Paulo Dias Pereira Filho. Com a honraria, ele se tornou “hors-concours” do Cup of Excellence e foi homenageado pela BSCA durante a cerimônia no dia 1º de novembro.

 

O título “Lendas da Excelência” é concedido a produtores de café que cultivam, consistentemente, qualidade excepcional, com inovação e dedicação, conquistando, ao longo dos anos, diversos prêmios Cup of Excellence, competição criada em 1999, no Brasil, e que, atualmente, tem os direitos de realização no mundo concedidos à ACE.

 

Em comunicado, a entidade internacional aponta que a homenagem concedida a esses produtores se dá não apenas pelos cafés extraordinários que produzem, mas pelo comprometimento que possuem em promover uma indústria de café mais justa e sustentável em todo o mundo.

 

“Além de produzir café de classe mundial, as ‘Lendas da Excelência’ também são líderes em suas comunidades. Cada um desses produtores causou um impacto duradouro ao investir em programas sociais que elevam a cultura de outros produtores, trabalhadores e comunidades locais. Seja por meio de iniciativas educacionais, projetos de sustentabilidade ou programas de mentoria que orientam a próxima geração de cafeicultores, essas lendas não estão apenas moldando o futuro do café, mas também fortalecendo as comunidades que o tornam possível”, destaca a ACE.

 

Além de Luiz Paulo, que já esteve 23 vezes entre os vencedores do Cup of Excellence e também traz em seu currículo o fato de ter sido o presidente mais jovem na história da BSCA, aos 30 anos, em 2011 – sendo reeleito dois anos depois –, as outras lendas do café especial no mundo são: Benjamin Paz, de Honduras (cinco vezes); Juan Diego De La Cerda, da Guatemala (13 vezes); Ernesto Menéndez, de El Salvador (cinco vezes); Manuel Antônio "Toño" Barrantes, de Costa Rica (10 vezes); e Olman Valladarez, da Nicarágua (14 vezes).

 

BRAZIL. THE COFFEE NATION

O Cup of Exellence é uma das ações do projeto setorial "Brazil. The Coffee Nation", realizado pela BSCA em parceria com a ApexBrasil, tem como foco a promoção comercial do café especial brasileiro no mercado internacional, reforçando os pilares de qualidade, diversidade e sustentabilidade. A iniciativa tem o objetivo de apresentar o Brasil como uma nação dotada dos recursos naturais essenciais para o cultivo dos melhores cafés e que investe ativamente para atingir os mais altos requisitos de qualidade, de forma sustentável e em observância a rígidas normas de direito social e ambiental.

 

Uma das prioridades do atual projeto é investir em ações de qualificação e diversificação, com foco no apoio aos produtores de café canéfora (robusta e conilon) do país, nas certificações de qualidade e de sustentabilidade e nos cafés produzidos por mulheres, fomentando a equidade de gênero na cafeicultura brasileira e a capacitação de provadoras profissionais de café. O projeto atual tem como mercados-alvo: i) África do Sul, Austrália, China, Coreia do Sul, Emirados Árabes Unidos, Espanha, Estados Unidos, França, Japão, Malásia, Polônia, Rússia e Taiwan para os cafés crus especiais; e ii) Canadá, Chile, China e Estados Unidos para os produtos da indústria de torrefação e moagem.

 

As empresas que ainda não fazem parte podem obter mais informações diretamente com a BSCA, através dos telefones (35) 3212-4705 / 99824-9845 / 99879-8943 ou do e-mail info@bsca.com.br.

 

SOBRE A APEXBRASIL

A Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) atua para promover produtos e serviços brasileiros no exterior e atrair investimentos estrangeiros para setores estratégicos da economia brasileira.

 

Para alcançar os objetivos, a ApexBrasil realiza ações diversificadas de promoção comercial que visam promover as exportações e valorizar os produtos e serviços brasileiros no exterior, como missões prospectivas e comerciais, rodadas de negócios, apoio à participação de empresas brasileiras em grandes feiras internacionais, visitas de compradores estrangeiros e formadores de opinião para conhecer a estrutura produtiva brasileira, entre outras plataformas de negócios que também têm por objetivo fortalecer a marca Brasil.

 

A Agência também atua de forma coordenada com atores públicos e privados para atração de investimentos estrangeiros diretos (IED) para o Brasil com foco em setores estratégicos para o desenvolvimento da competitividade das empresas brasileiras e do país.

 

SOBRE A BSCA

Fundada em 1991, a Associação Brasileira de Cafés Especiais congrega pessoas físicas e jurídicas nos mercados interno e externo de cafés especiais, e busca difundir e estimular o aprimoramento técnico na produção, comercialização e industrialização desses produtos, além de promover, principalmente nas áreas cafeeiras, a preservação do meio ambiente e o desenvolvimento ambiental sustentável através de programas, projetos e parcerias com entidades públicas e privadas, nacionais e estrangeiras.

 

A BSCA, como promotora e gestora da comunidade de cafés especiais no Brasil, em constante conexão com a comunidade global, tem a finalidade, por meio de parcerias para pesquisas, difusão de técnicas de controle de qualidade e com as promoções de produtos, de elevar os padrões de excelência dos cafés brasileiros oferecidos nos mercados interno e externo. A Associação foi pioneira na certificação e rastreabilidade dos cafés especiais brasileiros, por meio de selos de controle de qualidade, numerados individualmente e disponibilizados aos consumidores, e é a principal referência para os padrões que norteiam a certificação e o monitoramento de lotes de cafés especiais no Brasil.

 

Por todas as ações, iniciativas e cases de sucesso, a BSCA é reconhecida internacionalmente como a vanguarda da produção de cafés especiais no Brasil e sua atuação é contínua na promoção dos produtores e cafés brasileiros.

Tema: Promoção Comercial
Mercado: Brasil
Setor de Exportação: Não se aplica
Setor de Investimento: Não se aplica
Erro: