Polônia: conheça as oportunidades para produtos brasileiros e os desafios do mercado polonês

03/11/2025
Inteligência de mercado

Por: Comunicação ApexBrasil

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Polônia: conheça as oportunidades para produtos brasileiros e os desafios do mercado polonês
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Estudo aponta 300 oportunidades para exportadores brasileiros no mercado polonês e destaca desafios regulatórios da União Europeia

A ApexBrasil apresenta mais uma edição da série Perfis de Comércio e Investimentos, desta vez abordando as relações econômicas do Brasil com a Polônia. Além de dados do comércio bilateral entre os países referentes ao ano de 2024, o estudo destaca oportunidades concretas para exportações, acesso a mercados e investimentos.

Em 2024, o comércio entre Brasil e Polônia totalizou US$ 2,4 bilhões. As exportações brasileiras para o país são altamente concentradas em produtos básicos, com destaque para farelos de soja e outros alimentos para animais (40,2%), minérios de cobre (36,1%) e café não torrado (4,3%). O Brasil figura como 42º fornecedor da Polônia, em um cenário em que há espaço para ampliação gradual das exportações, que já vêm apresentando crescimento. Nos últimos dez anos, as vendas cresceram, em média, 11,1% ao ano, superando o ritmo das importações, que aumentaram 4,5%. O Mapa de Oportunidades da ApexBrasil identificou 300 oportunidades para o Brasil na Polônia, especialmente nos setores de alimentos, minérios, produtos químicos e máquinas elétricas — segmentos em que há complementaridade produtiva entre os dois países.

A Polônia, como membro da União Europeia, possui acesso facilitado ao mercado europeu, com regras comerciais previsíveis e ambiente propício à expansão de parcerias empresariais. Quatro dos principais produtos exportados pelo Brasil à Polônia já possuem tarifa zero, representando 85,9% do total exportado. No entanto, produtos como extratos de café enfrentam tarifas de até 9%, tornando-os menos competitivos diante de países que exportam com isenções tarifárias. O acesso ao mercado polonês enfrenta desafios ligados a exigências ambientais e climáticas (EUDR e CBAM), principalmente em setores como soja, café, ferro e aço. A Polônia também manifestou objeções ao Acordo UE–Mercosul, alegando riscos à competitividade agrícola.

Entre 2015 e setembro de 2025, foram identificados quatro anúncios de investimentos de capital polonês no Brasil, totalizando US$ 32,7 milhões, com destaque para o setor de tecnologia e automação de marketing. No mesmo período, houve também o anúncio de um investimento brasileiro na Polônia, avaliado em US$ 39,5 milhões, relacionado à abertura de um centro de armazenamento da WEG em Cracóvia.

A Polônia apresenta um mercado interno estável e elevado poder aquisitivo, sustentando demanda contínua por bens industriais e de consumo. A base industrial diversificada favorece a demanda por insumos, matérias-primas e componentes brasileiros. Por outro lado, a forte inserção do país nas cadeias produtivas europeias pode dificultar o avanço de produtos industriais brasileiros, exigindo maior competitividade destes. As exigências normativas da União Europeia elevam os custos de adaptação e certificação para as empresas brasileiras, limitando a ampliação da pauta exportadora em segmentos de maior valor agregado.

Tema: Inteligência
Mercado: Europa
Setor de Exportação: Alimentos, Bebidas e Agronegócios
Setor de Investimento: Não se aplica
Setor de serviços:
Erro: