Exporta Mais Brasil: após rodada em Tocantins, setor de bebidas deve gerar mais de USD 1,7 milhão

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Programa da ApexBrasil promoveu 90 reuniões de negócios entre 16 empresas brasileiras e sete compradores internacionais

O Exporta Mais Brasil, programa da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), encerrou, na última semana, mais uma rodada de negociações. O estado visitado foi o Tocantins, onde foi promovido o setor de bebidas, durante a realização da Agrotins 2024, em Palmas. E após dois dias de atividades e 90 reuniões entre 16 empresas brasileiras e sete compradores internacionais, a expectativa de negócios para os próximos 12 meses é de mais de USD 1,7 milhão. 

Para esta rodada, a ApexBrasil convidou representantes de cinco países: Moçambique, Portugal, Japão, Peru e Índia. Visando uma maior aproximação à produção nacional de bebidas, foi preparada uma agenda intensa e estratégica. Confira os destaques da programação.

Conhecendo a produção tocantinense

A equipe da ApexBrasil levou os convidados internacionais para a sede da Federação das Indústrias do Estado do Tocantins (FIETO). Lá, juntamente com a equipe do Governo do Tocantins, foram apresentados os grandes potenciais que o estado possui, desde a sua natureza diferenciada à sua rica produção em variados setores. Para exemplificar a força industrial da região, foram expostos itens que compõem o programa governamental “Produtos da Terra”.  A exposição cativou os compradores, que puderam perceber a alta qualidade das empresas locais.

Em seguida, foi realizada uma visita técnica à Fazenda Retiro, onde está localizada a nascente da água mineral Rio Leve, que se destaca pela composição rica em silício, conhecido por ser o “mineral da juventude”. Antônio Adriano, proprietário da empresa, conduziu a atividade e contou um pouco da história da marca. A área foi adquirida em 1991, mas foi somente após nove anos que a nascente foi descoberta. Após análises e mapeamento do local, deu-se início a produção e a Rio Leve foi criando forma. 

Com uma animação contagiante, o senhor Antônio sabe como vender seu produto e transbordou paixão ao falar da sua marca. O empresário defendeu que a água ali produzida é, sem dúvidas, uma das melhores que existem e ficou emocionado com a oportunidade de receber convidados de outros países em sua propriedade. “Hoje foi um dia marcante na minha vida. E quero dizer que os senhores podem levar para os seus países o relato de que estiveram diante de uma das melhores águas do mundo”, enfatizou.

Rafael Lopes dos Reis, da empresa Made in Market, de Portugal, se encantou com a visita e com a qualidade do produto. “Nós temos aqui a possibilidade de levar a boa qualidade de Tocantins e a pureza da água para fora. É isso que o Tocantins merece e é para isso que nós estamos aqui”, afirmou.  

Fazendo negócios

No segundo dia de programação, durante a Agrotins 2024 - a maior feira agrotecnológica da região Norte -, foram promovidas rodadas de negócios entre 16 empresas brasileiras e os sete compradores internacionais. Com 90 reuniões realizadas, as expectativas de negócios para os próximos 12 meses superam USD 1,7 milhão. 

Diretamente de Belém do Pará, Marcos Antônio Ferreira representou a Cachaça Meu Garoto. A marca surgiu em 1994, como uma rede de bares que servem cachaças artesanias infusionadas com diversas hortaliças e frutas. Como um experimento, foi feito uma edição especial com o jambu. Resultado: o sucesso foi tão grande que foi criada uma marca específica para o novo produto. Atualmente, além da cachaça com jambu, são feitas outras bebidas que promovem o ingrediente. 

Marcos já participou do Programa de Qualificação para Exportação (PEIEX) e destacou a importância do acesso à expertise da ApexBrasil para potencializar o alcance da marca. Sobre a participação nas rodadas, apesar de estar otimista, o empresário admite que foi ainda mais proveitoso do que imaginava. “A sensação que nós tivemos, enquanto empresa, foi que estávamos tendo várias viagens dentro de uma só”, comentou. Em relação ao contato dos compradores internacionais com os efeitos únicos do jambu, Marcos brincou que “foi uma euforia!” e que foi plantada uma vontade de que mais pessoas ao redor do mundo experimentem o produto. 

Outra marca que marcou presença foi a Hidromel Uruçun da Amazônia, também paraense. Ana Lídia Zoni Ribeiro, CEO da empresa, era pesquisadora e fez a transição para o mundo dos negócios. Em 2019, a partir de uma pesquisa científica com a Embrapa sobre a cadeira produtiva da meliponicultura - criação das abelhas sem ferrão -, Ana visitou 44 municípios e viu que existia um grande déficit na venda do mel dessas abelhas, por ser um produto com 40% mais de água e um teor de acidez mais alto. Diante disso, pensou: “por que não transformar esse mel em hidromel?”. No final do mesmo ano, a produção foi iniciada com 19 litros. Quatro anos depois, a expectativa é que sejam produzidos 12 mil litros até o fim de 2024.

A empresária conta que um dia, durante um evento em Belém, um investidor alemão provou o produto e se encantou. A partir disso, surgiu a vontade de levar o hidromel para o exterior. Após ser selecionada para capacitação no PEIEX, Ana comenta que aprendeu todos os primeiros passos e se sentiu preparada para atravessar novas fronteiras. “Eu indico e aconselho que todos façam o PEIEX. Eu vejo que muitas marcas ainda têm medo de desbravar o mercado internacional. Mas a ApexBrasil vem para mostrar que exportar é possível e não é um bicho de sete cabeças. Hoje, já corresponde a 80% da minha produção”, compartilhou.

Durante as rodadas promovidas pela Agência na Agrotins, a marca foi um sucesso! “Já fechei negócios e acredito que, nos próximos quinze dias, já faremos o nosso primeiro envio para nossos novos parceiros!”, finalizou.

 

Fotos: Tiago Ishibashi

Tema: Não se aplica
Mercado: América do Sul — África — Ásia (Exclusive Oriente Médio) — Europa
Setor de Exportação: Alimentos, Bebidas e Agronegócios
Setor de Investimento: Não se aplica
Setor de serviços: Não se aplica
Idioma de Publicação: Português

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