Participação brasileira no evento consolida país como um dos principais atores no mercado global de hidrogênio
A Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimento – ApexBrasil- liderou a participação brasileira na Hyvolution 2025, realizada em Paris de 28 a 30 de janeiro, consolidando o país como um dos principais atores no mercado global de hidrogênio. Com uma delegação composta por mais de 20 representantes de agências reguladoras, associações setoriais, empresas e consultorias, o Brasil demonstrou sua capacidade de atrair investimentos e integrar-se às cadeias globais de fornecimento de hidrogênio de baixa emissão.
O evento proporcionou debates de alto nível sobre regulação, financiamento e estruturação de projetos, além de permitir o fortalecimento de parcerias estratégicas. A feira e suas conferências abordaram os desafios para a expansão da cadeia produtiva do hidrogênio, com ênfase na mitigação de riscos para investimentos, aspecto essencial para o mercado brasileiro.
Segundo Agnes da Costa, diretora da ANEEL, a Hyvolution permitiu a troca de ideias fundamentais para o debate sobre regulação do hidrogênio no Brasil. A interação com painelistas e o público reforçou a importância da cooperação internacional e das políticas públicas para impulsionar o setor.
Danielle Valois, diretora de Relações Institucionais da ABH2, destacou a relevância do evento para a economia do hidrogênio de baixa emissão e a oportunidade de aprendizado com os principais stakeholders do setor. Ela também ressaltou a importância da Hyvolution na discussão sobre regulações e investimentos. Para Paulo Emílio de Miranda, presidente da ABH2, a edição de 2025 foi marcante, com a criação da Natural Hydrogen Alliance em parceria com o MEDEF International. Ele enfatizou a urgência global de soluções energéticas sustentáveis e a relevância da participação da ABH2 no evento.
O evento também foi palco do pré-lançamento do projeto H2Brazil, como destacou Nathalia Ervedosa. A iniciativa contou com um estande brasileiro bem estruturado, organizado pela ApexBrasil, a Embaixada do Brasil na França e a Business France, reunindo empresas como Invest Minas, Vale, Porto do Açu, FGV Europe, entre outras.
Fernanda Delgado, CEO da ABIHV, destacou que a Hyvolution foi uma oportunidade essencial para demonstrar que o Brasil está em posição de vantagem para liderar o setor globalmente. "Com mais de 90% da matriz elétrica limpa, experiência em políticas públicas de descarbonização e um sistema nacional interligado, temos um grande diferencial competitivo. Com o apoio da ApexBrasil, vamos mostrar ao mercado externo que sabemos fazer isso: já fizemos com o etanol, o biodiesel, a energia eólica e a solar. Agora é a vez do hidrogênio verde", afirmou.
Marcos Ricchezza, da Prumo (Porto do Açu), ressaltou a transformação do Porto do Açu em um dos principais hubs globais de hidrogênio, impulsionado pela infraestrutura robusta e recursos abundantes da região. Além disso, destacou a valiosa troca de insights com líderes de CSN, Vale e Eletrobras, bem como o networking com investidores e parceiros chave, como HIF e Yamna, reforçando as novas oportunidades de negócios para o porto.
Paulo Roberto Britto Guimarães, da Bahiainveste, destacou as oportunidades de investimentos geradas na Hyvolution. Ele relatou avanços em negociações com empresas como EDF, Guofuhee e Hinicio, visando investimentos no estado da Bahia.
A participação brasileira na Hyvolution 2025 reafirmou o compromisso do país com a transição energética e consolidou sua posição como um dos protagonistas na economia global do hidrogênio, abrindo novas oportunidades de colaboração e investimento no setor.
Bruno Galvão, da Blomstein, ressaltou a importância da articulação promovida pela ApexBrasil e pela Embaixada do Brasil em Paris, que permitiu ao mundo conhecer a robustez dos projetos brasileiros de transição energética. Ele também destacou as discussões sobre o mercado europeu e os desafios regulatórios, incluindo iniciativas como o leilão alemão da H2Global.
Fernando Moura, diretor da ANP, enfatizou a relevância do hidrogênio na estratégia energética global e apresentou a regulação experimental (sandbox) adotada pela ANP, permitindo que empresas testem novas ideias sem infringir regulações vigentes. Ele reforçou que a troca de experiências na Hyvolution contribuirá para o aprimoramento das regulamentações no Brasil.
Pedro Brancante, da Embaixada do Brasil em Paris, pontuou que a presença brasileira refletiu o crescente papel do país na economia do hidrogênio, apoiado por sua matriz elétrica composta por mais de 90% de fontes renováveis e pela recente legislação do hidrogênio aprovada em 2024. A participação de stakeholders públicos e privados reforçou a capacidade brasileira de integrar-se às cadeias globais de suprimento de hidrogênio limpo.
Por fim, Guarani de Morais, analista de Investimentos no Escritório da ApexBrasil na Europa, destacou que esta foi a maior presença brasileira já registrada em um evento internacional sobre hidrogênio, reforçando não apenas o engajamento da ApexBrasil em construir plataformas para a divulgação de oportunidades e geração de negócios em mercados estratégicos, mas também o papel chave das parcerias formadas ao longo dos anos com agências congêneres, como a Business France, e com postos diplomáticos no exterior, como a Embaixada do Brasil em Paris.