Tarifaço norte-americano: ApexBrasil intensifica ações para apoiar empresas exportadoras brasileiras e buscar novos mercados

07/08/2025
Inteligência de mercado

Por: Comunicação Apex Brasil

Compartilhar
Copiar link

Compartilhar

Compartilhar esse link com
Copiar link
Link copiado!
Tarifaço norte-americano: ApexBrasil intensifica ações para apoiar empresas exportadoras brasileiras e buscar novos mercados
Compartilhar
Copiar link

Compartilhar

Compartilhar esse link com
Copiar link
Link copiado!

Em coletiva à imprensa, presidente da Agência, Jorge Viana, reforçou que o foco será a busca por destinos alternativos e a promoção do diálogo para novas negociações

Nesta quarta-feira (6), data que entrou em vigor as tarifas norte-americanas sobre produtos brasileiros - que combina a alíquota de 10% com 40% adicionais, totalizando 50% sobre 379 produtos brasileiros -, o presidente da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), Jorge Viana, concedeu entrevista à imprensa para detalhar as ações estratégicas que a Agência está adotando para mitigar os impactos da medida. Durante a coletiva, realizada na sede da Apex, em Brasília, Viana disse que a Agência atuará em conjunto com o governo federal para oferecer suporte integral às empresas brasileiras afetadas pela decisão.

“A ApexBrasil entra com o trabalho de buscar novos destinos, abrir novos mercados, apoiando os setores e as empresas que estão sendo impactadas. Estamos construindo um mapa, analisando item por item, produto por produto, para encontrar alternativas”, disse Viana. Cerca de nove mil empresas brasileiras exportam para os Estados Unidos. “Estamos criando o melhor ambiente para dar apoio e essas empresas, não só àquelas que a Apex apoia, mas todas as que exportam para os Estados Unidos”, completa Viana.

O presidente destacou ainda iniciativas da ApexBrasil como o programa Exporta Mais Brasil, que traz compradores internacionais para conhecer empresas brasileiras, e outras ações de promoção comercial que já promovem a diversificação de mercados. Agora, a estratégia é de intensificar essas iniciativas com forte mobilização para encontrar novos destinos para as exportações brasileiras que até então tinham os Estados Unidos como principal mercado. “A China é nossa grande parceira comercial e sem dúvida poderá absorver muitos setores. Vamos analisar caso a caso e alinhar a demanda de outros países com os produtos que o Brasil tem para oferecer”, disse.

Viana afirmou também que, para enfrentar o cenário, a Agência está mobilizando suas operações nos Estados Unidos, principalmente em Washington, mapeando os estados norte-americanos dependentes de produtos brasileiros. Ao lado da Câmara Americana de Comércio (Amcham), a proposta será de engajar governos estaduais e parlamentares, impulsionando uma interlocução local com o governo federal dos EUA para buscar negociação.

“Quando você põe uma tarifa para o que entra nos Estados Unidos, você está criando um problema interno”, comentou Viana. “Estamos trabalhando para que eles entendam que esse tarifaço é um problema para os consumidores norte-americanos também”, afirmou, citando a dependência dos americanos de

produtos brasileiros como o café, carne e minerais críticos. “Muitos produtos devem sair da lista de incidência da taxa de 50% por conta do interesse dos EUA”, concluiu.

Segundo Jorge Viana, o Brasil unirá esforços para ampliar o número de exceções à taxação imposta pelos EUA. Um total de 694 itens já estão isentos da taxa de 50%, como suco de laranja, aeronaves, petróleo, fertilizantes e outros. Estes corresponderam, em 2024, a 44,6% das exportações - um total de quase US$ 18 bilhões. Porém, produtos importantes, tanto para o mercado brasileiro como para o norte-americano, seguem na lista. “Estamos lutando para que mais setores fiquem de fora. Carne e café são prioridades, porque têm peso nas exportações e impacto direto nos produtores brasileiros”, destacou. “O ideal é que todos os alimentos ficassem de fora dessa taxação”, reforçou.

Tema: Inteligência — Expansão Internacional — Atração de Investimentos Estrangeiros — Promoção Comercial
Mercado: Não especificado
Setor de Exportação: Não se aplica
Setor de Investimento: Outros
Erro: