Presidente de ApexBrasil, Jorge Viana, celebra liderança mundial do Brasil na exportação de algodão durante o 14º CBA e anuncia que vai buscar mais espaço do produto no mercado europeu

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Esta 14ª edição do Congresso Brasileiro de Algodão, em Fortaleza, Ceará, apresentou resultados, novidade e perspectivas do setor dentro dos pilares de rastreabilidade, sustentabilidade, qualidade e promoção dentro e fora do Brasil

Nesta terça-feira (3), o presidente da ApexBrasil, Jorge Viana, participou da cerimônia de abertura do 14º Congresso Brasileiro do Algodão (14º CBA), em Fortaleza, Ceará, que celebra a conquista do Brasil na liderança mundial de exportação do produto e apresenta as novidades e perspectivas do setor. “Os senhores e as senhoras aqui já fizeram a parte de vocês. E nós, da Apex, vamos fazer agora, com autoridade, a nossa parte e chegar na Europa e dizer que o Brasil é o maior exportador de algodão do mundo e tem o melhor ecossistema de produção de algodão também. Com estes resultados, acredito que vamos conquistar cada vez mais espaço no mercado europeu”, defendeu. 

Promovido a cada dois anos pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), o CBA é considerado o maior evento de tecnologia, pesquisa e networking da cadeia produtiva do setor e acontece até o dia 5 de setembro, na capital cearense. Para o presidente da Abrapa, Alexandre Schenkel, há boas perspectivas neste mercado promissor. “Tudo o que vamos discutir aqui neste congresso está ligado a quatro pilares: a rastreabilidade, a sustentabilidade, a qualidade e a promoção do algodão dentro e fora do Brasil”, afirmou. A conquista do primeiro lugar no ranking das exportações deve ser um incentivo para setor continuar evoluindo. Entre as autoridades presentes, destaque para ministro da Agricultura e Pecuária (MAPA), Carlos Fávaro, o governador do Ceará, Elmano de Freitas e o presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária, deputado Pedro Lupion, entre outras autoridades.  

Para Jorge Viana, a edição deste ano do Congresso Brasileiro do Algodão é especial não apenas porque celebra a conquista do Brasil como maior exportador mundial de algodão, ultrapassando os Estados Unidos que historicamente sempre lideraram este ranking, mas por ser um marco para a busca de mais espaço nos mercados globais. “A Apex se orgulha de fazer parte deste resultado e segue atuando em parceria com o setor para buscar cada vez mais resultados inéditos para o algodão e demais setores produtivos do país”, destacou. Ele lembrou algumas das dificuldades que o setor enfrentou até chegar aqui, incluindo problemas com a praga ‘bicudo-do-algodoeiro’, que, nos anos 80, dizimou a maior parte da produção, além dos desafios da abertura de novos mercados e da melhoria da qualidade e produtividade. O algodão brasileiro é destaque por sua alta qualidade, reconhecida nacionalmente e internacionalmente, sua produtividade, com plantio em regime de sequeiro, que é como se denomina o cultivo sem irrigação, além do compromisso com a sustentabilidade e a rastreabilidade.

De acordo com dados do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA), no período que vai de agosto de 2023 e julho de 2024, as exportações brasileiras devem alcançar cerca de 2,70 milhões de toneladas de algodão beneficiado (pluma), contra de 2,57 milhões de toneladas dos EUA. Vários fatores contribuíram para bater esta meta prevista para ser ultrapassada apenas em 2030. 

Algodão com qualidade, sustentabilidade, rastreabilidade e competitividade

O Brasil é o primeiro exportador mundial de algodão com sustentabilidade, rastreabilidade e competitividade, além de qualidade. Segundo a Abrapa, esse resultado é fruto de um trabalho que começou há cerca de 25 anos e envolve muito investimento. “Foram anos de pesquisas, aplicação de tecnologia, capacitação de profissionais, modernização, organização do setor, além de uma robusta estratégia de promoção comercial e assertividade nos negócios internacionais. Uma iniciativa que contou com a atuação e a parceria da ApexBrasil. Ganhamos ainda mais peso em representatividade, inclusive diplomática”, reforça o presidente da entidade, Alexandre Schenkel.  

Técnicas sustentáveis, que contribuíram para o aumento da área de plantio e a alta produtividade, aliadas à quebra da safra no Estado americano do Texas maior do que a previsão inicial, contribuíram para este novo recorde brasileiro. Com este salto de qualidade, produtividade e competitividade, o Brasil ocupa o terceiro lugar mundial na produção de algodão, atrás apenas da China e Índia. De acordo com MAPA, a safra brasileira de algodão deve atingir cerca de 3,7 milhões de toneladas de pluma processada, com uma qualidade superior à da safra anterior. Cerca de 60% dessa produção já foi vendida. “Cerca de 82% da produção brasileira têm certificação socioambiental e 100% do algodão exportado pelo Brasil pode ser rastreado. Esse é um grande diferencial competitivo do produto brasileiro hoje”, reforça o presidente da Associação Nacional dos Exportadores de Algodão (Anea), Miguel Faus. 

Abrindo as portas do mundo para o algodão brasileiro 

Dentro das estratégias de comercio internacional, o projeto setorial Cotton Brasil, realizado em parceria pela ApexBrasil com a Abrapa, tem sido preponderante para o alcance dos avanços mencionados. Criado em 2020, o objetivo do projeto é promover a conquista de novos mercados e consolidar os já existentes, fortalecendo a reputação do algodão brasileiro no comércio global. O projeto nasceu com a meta de contribuir para colocar o país no topo do ranking dos maiores exportadores mundiais em 2030 e, com tanto empenho, conquistou a meta agora, 7 anos antes. Atualmente, a iniciativa possui 54 empresas apoiadas e responde por 75% das exportações totais do Brasil. 

Entre as novas metas do Cotton Brazil está a intensificação da presença da fibra brasileira em dez países prioritários: China, Bangladesh, Vietnã, Turquia, Paquistão, Indonésia, Índia, Tailândia, Coreia do Sul e Egito. Estes países, juntos, representam cerca de 49% da população mundial e são o destino de 95% das exportações brasileiras de algodão e 90% das exportações globais da fibra. Não por acaso, estes países estão entre os que mais compraram algodão do Brasil no ano comercial em que o país alcançou o topo do ranking. 

Em ordem decrescente de volume por destino da pluma, na lista dos 11 maiores mercados do produto nacional, estão nove dos dez mercados-alvo do programa:  China (53%), Vietnã (14%), Bangladesh (10%), Turquia (7%), Indonésia (5%), Paquistão (5%) e Coreia do Sul (1%). O Egito, mercado aberto em 2023, por meio do Cotton Brazil, já figura com 1% de participação. Os demais países do ranking são Tailândia (0,3%) e Portugal (0,4%).  

Para abrir e consolidar os mercados estratégicos, o Cotton Brazil dialoga com a indústria têxtil internacional, traders de algodão, entidades internacionais, marcas e varejistas, por meio de iniciativas de comunicação, relacionamento, inteligência de mercado e projetos especiais em países compradores. Desde que foi instituído, o programa promoveu 52 eventos internacionais, que somaram mais de 500 clientes e stakeholders, trazendo compradores mundiais para conhecer o modelo brasileiro de produção de algodão – com a Missão Compradores - e levando os produtores nacionais para conhecer a indústria internacional e entender as suas demandas - através da Missão Vendedores. Acesse mais informações sobre o projeto aqui.

A história do algodão no Brasil e no mundo 

Quem olha uma plantação de algodão branquinho não imagina que a lavoura já enfrentou tempos sombrios e muitos percalços no Brasil para chegar ao topo das exportações em 2024. O cultivo do algodão é conhecido pela humanidade há mais de seis mil anos. No Brasil, os indígenas já dominavam o plantio antes de Pedro Álvares Cabral chegar por aqui. O cultivo com espécies nativas e importadas começou logo nos primeiros anos da colonização.   

O ciclo do algodão no Brasil ocorreu entre meados do século XVIII e o começo do século XIX, período marcado pelo declínio da extração do ouro e a expansão da cultura do café. A produção comercial começou na região Nordeste. Em 1760, o Maranhão exportou as primeiras sacas de algodão para a Europa.  

A produção destinada à exportação impulsionou a economia do Brasil colonial e incentivou a industrialização. Os bons tempos do ‘ouro branco’ duraram até a década de 80, quando uma praga trazida do exterior causou uma infestação jamais vista nos algodoeiros. Chamado de ‘bicudo-do-algodoeiro’, o inseto se alastrou, destruiu plantações, empregos, negócios e sonhos. A exemplo da praga da ‘vassoura de bruxa’ na economia cacaueira, esta infestação foi considerada uma das maiores e mais prejudiciais da cotonicultura mundial.  

Nova era para o algodão brasileiro 

O ano de 1999 marcou o início de uma nova era para a produção do algodão no Brasil. O produto passou por grandes transformações nos últimos anos, ganhou destaque no mercado mundial e iniciou uma trajetória de bons resultados. Investimentos em modernização, logística de escoamento da safra, rastreamento, associação com cultivo de outras culturas, pesquisas, modelos empresariais mais eficientes permitiram um salto na produtividade e qualidade da cultura do algodão. qualidade, rastreabilidade e sustentabilidade, e, consequentemente, a eficiência.  

Disputa Brasil x EUA na OMC - Barreiras muito além das guerras comerciais

Para chegar ao topo como líder mundial de exportação algodão, o Brasil também enfrentou mais de uma década de disputa com os Estados Unidos na Organização Mundial do Comércio (OMC). O contencioso do algodão começou em 2002, quando produtores de algodão, por meio do governo brasileiro, pediram uma consulta à OMC sobre subsídios concedidos pelos EUA a seus produtores de algodão e programas de garantia de crédito à exportação. Esses mecanismos, da forma como eram aplicados, foram considerados incompatíveis com os acordos de Agricultura e de Subsídios e Medidas Compensatórias da OMC. Em 2009, a OMC concedeu ao Brasil o direito de retaliar comercialmente os Estados Unidos no valor de até US$ 829 milhões. Para evitar consequência negativas diante da retaliação, os produtores aceitaram um acordo no qual os EUA pagariam, anualmente, US$ 147,3 milhões ao Instituto Brasileiro do Algodão, criado para gerir os recursos. O pagamento foi suspenso e, em 2014, Brasil e os Estados Unidos (EUA) fecharam um acordo para encerrar esta disputa comercial. Os EUA se comprometeram, então, com um pagamento adicional de US$ 300 milhões para atenuar prejuízos dos cotonicultores brasileiros.  

Sobre a ApexBrasil

A Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) atua para promover os produtos e serviços brasileiros no exterior e atrair investimentos estrangeiros para setores estratégicos da economia brasileira. Para alcançar os objetivos, a ApexBrasil realiza ações diversificadas de promoção  comercial que visam promover as exportações e valorizar os produtos e serviços  brasileiros no exterior, como missões prospectivas e comerciais, rodadas de  negócios, apoio à participação de empresas brasileiras em grandes feiras internacionais, visitas de compradores estrangeiros e formadores de opinião para conhecer a estrutura produtiva brasileira entre outras plataformas de negócios que também têm por objetivo fortalecer a marca Brasil. A Agência também atua de forma coordenada com atores públicos e privados para atração de investimentos estrangeiros diretos (IED) para o Brasil com foco em setores estratégicos para o desenvolvimento da competitividade das empresas brasileiras e do país.  

14° Congresso Brasileiro do Algodão 

Data: De 3 a 5 de setembro de 2024  

Local: Centro de Eventos do Ceará - Avenida Washington Soares, 999 - Edson Queiroz, Fortaleza - CE 

Informações: https://congressodoalgodao.com.br/

www.apexbrasil.com.br

Assessoria de Imprensa: imprensa@apexbrasil.com.br  

Tema: Expansão Internacional
Mercado: América do Sul
Setor de Exportação: Não se aplica
Setor de Investimento: Energias renováveis
Setor de serviços:
Idioma de Publicação: Português

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