Assunto debatido no Pavilhão Brasil, na Expo Osaka 2025 com presença de autoridades brasileiras
O Pavilhão Brasil, organizado pela ApexBrasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos), na Expo Osaka 2025, realizou o “Diálogo sobre Segurança Alimentar e Proteína Animal”. Um dos pontos que os palestrantes mostraram consiste na importância do Brasil no cenário de exportador de alimentos com segurança e sustentabilidade.
O Ministro Paulo Teixeira, do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Alimentar, falou da recente boa notícia de que o Brasil saiu do Mapa da Fome da ONU. “O Brasil tem alinhamento com menor desmatamento da série histórica, recorde em produção de energia limpa, sendo o maior produtor de energia limpa no mundo. Assim, o País chega na COP 30 com compromisso de engajar o mundo para evitar a crise climática”.
O secretário Luis Rua, de Comércio e Relações Internacionais, do Ministério da Agricultura e Pecuária, relatou números expressivos do agronegócio brasileiro. De acordo com ele, o Brasil exporta US$ 5 bilhões ao Japão. Desse total, US$ 3 bilhões são principalmente de proteína animal. Os avanços da atual gestão podem ser notados por abertura de 399 novos mercados para produtos agropecuários.
O Presidente Roberto Santin, da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), informou números do Brasil que impressionam: o País detém 40% do market share global de carne de frango, sendo o maior exportador desse setor no mundo. O Japão é um dos principais destinos desse mercado. “São 4 milhões de pessoas que trabalham direta e indiretamente nesse setor, 50 mil pequenas famílias produtoras rurais e 500 mil trabalhadores em fábrica ajudando na segurança alimentar”, destacou ele.
“O Japao é um grande parceiro do Brasil. O nosso Pavilhão Brasil que a ApexBrasil está coordenando em Osaka é frequentado por pessoas do mundo inteiro e queremos mostrar imagem de Brasil positivo”, salientou.
O moderador do evento foi Laudemir Muller, Gerente do Agronegócio da ApexBrasil. Ele considerou que “o Brasil tem característica de produzir biocombustível, alimentos, preservar meio ambiente, gerar emprego e ser sustentável, o que em outros países essa combinação é difícil”.
Parceria japonesa
O diretor Júlio Ramos, de Assuntos Estratégicos da ABIEC (Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes), enfatizou a parceria com instituições japonesas como JICA (Japan International Cooperation Agency) no desenvolvimento da agricultura. “Os japoneses desbravaram regiões como Tomé-Açu e o Brasil é grande exportador de alimentos, sem interferir no mercado local, ajudando na geração de renda e desigualdade social”, disse. Em julho, conforme ele falou, foi a maior série histórica de exportação de agronegócio brasileiro registrado nesse mês, com US$ 15,6 bilhões.
A ex-ministra da Agricultura e atual senadora, Teresa Cristina Dias, lembrou o Cerrado, que “com solo que ninguém queria plantar, nem de graça no passado”. Com a contribuição japonesa, a região se tornou um importante polo de agronegócio. A potência do Brasil desse setor, conforme ela, ainda pode se espalhar mais, pois apenas 8% do território atualmente são destinados para a agricultura. Ela fez questão de destacar que o Brasil se preocupa com as reservas florestais, com 60% da Amazônia preservada.
O evento foi no dia 13 de agosto.