ApexPod em Movimento debate inovação brasileira durante o Web Summit Rio 2025

05/05/2025
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A nova série com três episódios, em formato de videocast, está disponível no canal da ApexBrasil no YouTube

Durante o Web Summit Rio 2025, realizado entre os dias 27 e 30 de abril, na capital carioca, a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) lançou o ApexPod em Movimento, uma nova série em formato de videocast para cobrir, ao vivo, a participação da Agência em eventos estratégicos no Brasil e no exterior. Gravado diretamente do pavilhão da ApexBrasil no evento, o programa estreou com três episódios que abordaram o papel da inovação na internacionalização das startups brasileiras, com entrevistas, cases e debates sobre o ecossistema de inovação no país e no mundo.

Idealizado pela equipe da Coordenação de Comunicação e apresentado por Maria Eduarda Lima e Aarão Prado, o programa, com linguagem descontraída e acessível, trouxe como convidados líderes de startups, especialistas em inovação e representantes de organizações nacionais e internacionais. Os episódios podem ser conferidos no canal da ApexBrasil no YouTube.

Episódio 1: O Brasil no centro da inovação

O episódio inaugural, gravado no dia 28/4, abordou a posição atual do Brasil no cenário global de inovação e apresentou o Web Summit como vitrine para o ecossistema nacional. Artur Pereira, vice-presidente do Web Summit e country manager no Brasil e Portugal, e Paula Akitaya, coordenadora de Novos Negócios da ApexBrasil, abriram o debate com uma análise do potencial brasileiro no setor.

"O ecossistema de inovação brasileiro é simplesmente fantástico. Basta percorrer os pavilhões do Rio Centro no Web Summit Rio e começar a falar com as startups para perceber. No ano passado, tivemos 46 startups brasileiras que, nos 12 meses após o evento do ano passado, levantaram 106 milhões de dólares, que dá 2.3 milhões de dólares por startup. É muito. Ou seja, as startups brasileiras são fantásticas, criam produtos e serviços fantásticos, levantam fundos, e são cada vez mais", destacou Artur Pereira.

Já Paula Akitaya, destacou os diferenciais do Brasil no cenário de inovação. "Eu vejo três pontos importantes sobre o ecossistema brasileiro. Um é o tamanho do território, a gente tem uma geografia que propicia vários mercados num único mercado. Então, o território oferece uma diversidade muito grande. O segundo ponto é o tamanho da

população e do mercado consumidor. Nesse território, com essa população, você tem todo tipo de necessidade, todo tipo de problema de negócio a ser resolvido. Outro ponto é justamente essa variedade de oportunidades que se abrem. Você pode ter criação de fintech, de saúde, de banco, de educação. Tem muito a ser resolvido", afirmou.

Na sequência, Paulo Puppin, coordenador de Inovação para Escala/Startups do Sebrae Nacional, e Caio Bastos, analista de Relacionamento com Stakeholders do Brasil IT+ da Softex, trouxeram a perspectiva de programas de incentivo ao empreendedorismo e à internacionalização de startups brasileiras.

Paulo Puppin contou que o Sebrae Startups trabalha com todos os níveis de maturidade de um negócio, desde a ideação até a validação, tração, crescimento e escala. “As que estão no começo talvez sejam as que mais procuram a gente, porque é muito raro você encontrar uma entidade ou um investidor que queira uma coisa tão arriscada. Elas, no começo, têm muito da ideia e muito pouco ou nenhum fluxo de caixa. Então, é ali onde a gente atua”, disse.

Ao comentar os desafios enfrentados pelas startups no processo de internacionalização, Caio Bastos ressaltou a importância de planejamento e foco, alertando sobre os riscos de decisões impulsivas. "Você tem que saber para onde vai. Às vezes, a startup quer estar em todos os eventos, em todas as missões internacionais. No nosso caso, um dos pontos da internacionalização na Softex é justamente mostrar para ela o caminho certo a seguir, com base no diagnóstico de maturidade. Não é só sair com fome para o mercado, isso pode fazer gastar mais do que deveria", destacou. Confira o episódio na íntegra aqui.

Episódio 2: Os caminhos para a internacionalização

No segundo episódio, gravado no dia 29/4, o ApexPod em Movimento voltou seu olhar para fora, discutindo os desafios e estratégias para empresas brasileiras em busca da expansão internacional. Jorge Sukarie, conselheiro da Associação Brasileira das Empresas de Software (ABES), trouxe dados do recém-lançado estudo “Mercado Brasileiro de Software: panorama e tendências 2025”, destacando a crescente competitividade do Brasil em tecnologia.

“O Brasil é o décimo maior em volume de investimento em hardware, software e serviços no mundo, ou seja, uma posição de super destaque. Até a década passada, até 2014, a gente crescia mais do que a média mundial nesse setor. Depois, com o problema econômico no fim da década, deixamos de crescer. E voltamos agora: ano

passado, o Brasil cresceu 13,9%, contra 10,8% da média mundial. Neste ano, a gente deve crescer perto de 10%, enquanto o mundo deve crescer ao redor de 8,5% a 9%. O Brasil tem muito para crescer", contou Jorge Sukarie.

Já Clarissa Franco, Coordenadora de Indústrias e Serviços I da ApexBrasil detalhou as formas de internacionalização e destacou iniciativas da Agência para apoiar o ingresso de startups brasileiras em mercados estrangeiros.

"Hoje a gente pode falar, de uma forma geral, em quatro formas de internacionalização das empresas que são startups. A primeira seria a exportação direta, a startup vender diretamente no mercado externo para algum comprador. A segunda é fazer uma parceria com alguém interessado no produto ou serviço em um determinado mercado, para facilitar sua entrada e entender melhor os entraves e as facilidades daquele país. A terceira é quando ela já está internacionalizada, já vende para um determinado mercado, mas quer começar a atuar em outro e vai trabalhar na expansão do seu negócio. E, por fim, a atração de investimento externo para que seu produto ou serviço ganhe corpo antes mesmo da exportação”, explica Clarissa Franco.

Na segunda parte do episódio, Sarita Runeberg, investidora finlandesa e CEO da Maria 01, um centro de startups dos países nórdicos, compartilhou sua visão sobre como as startups brasileiras podem chegar a outros mercados. "Eu acho que o importante, para brasileiros que querem chegar a outros mercados, é primeiro ter um produto que funcione aqui, mas depois ter também uma mente aberta para entender que há diferenças culturais e que outros países, outras culturas, funcionam de maneira diferente. Pode ser que o que funciona aqui no Brasil não funcione em outros países. Eu notei isso quando abrimos o mercado brasileiro. A plataforma que a gente tinha na Finlândia, que funcionava na Europa, não era 100% algo que funcionava aqui. Por isso, é preciso investir tempo para investigar que tipos de coisas funcionam e também ter pessoas na equipe que entendam ou tenham conhecimento da cultura do país onde a gente quer expandir", aconselhou.

A CXO e sócia da startup Eduvem – que oferece uma plataforma LMS (Learning Management System) que permite a criação de universidades corporativas personalizadas –, Fernanda Doria, relatou como o apoio da ApexBrasil contribuiu para os avanços da empresa fora do país. "A Eduvem já está com cinco anos. Em 2023, conhecemos alguns investidores lá fora, conhecemos o Sebrae, a Apex, e fomos nos envolvendo com todo mundo. A Apex foi muito importante, para trazer todo o conhecimento que temos hoje e conseguir realmente fazer a internacionalização. A gente conseguiu fazer o que precisava para poder ir para fora. E, além disso, também aqui no Brasil, trouxe todo o conhecimento que a gente precisava para conseguir firmar a empresa aqui mesmo", destacou. Com visão global desde sua criação, a startup

mantém sua base técnica 100% em inglês e já opera com tecnologia preparada para múltiplos idiomas. Confira o episódio na íntegra aqui.

Episódio 3: Do pitch à internacionalização: histórias que inspiram

O episódio final celebrou os bons exemplos e histórias de sucesso, começando com um mergulho no universo dos pitches com Pablo Ribeiro, General Manager LATAM da FitPitch, e Carolina Monteiro, CEO da startup Otoh. Eles destacaram a importância de adaptar a apresentação para públicos globais e a evolução de suas narrativas.

"O pitch é uma ferramenta muito poderosa. Ele tem uma característica muito especial: geralmente, o tempo é muito curto. Seja tentando vender ou buscando investimento, o tempo que você tem para apresentar sua proposta é limitado. Precisa explicar qual problema você resolve, como você resolve e o que você está buscando da forma mais sintética e atrativa possível, para conseguir conquistar", define Carolina Monteiro, da Otoh.

"Em pitch, não existe certo ou errado. O que importa é você trazer a informação adequada ao público que está te assistindo e ao teu objetivo. Se você está fazendo um pitch comercial, faz todo sentido dizer por que o seu produto é melhor do que qualquer outra coisa disponível que concorra com ele. Se está fazendo um pitch de funding, para captar recursos, faz todo sentido mostrar por que o seu negócio é único, é uma ideia sensacional, e como aquilo retorna em termos de investimento para quem estiver pensando em investir no seu negócio", explica Pablo Ribeiro.

Na sequência, o episódio trouxe experiências concretas de startups brasileiras em diferentes estágios do processo de internacionalização. Paulo Tenório, CEO da Trakto, compartilhou a trajetória de internacionalização da empresa, enquanto Katrine Scomparin, cofundadora e CMO da naPorta, abordou os preparativos para o processo.

"Quando fundei a Trakto e comecei a pensar em internacionalização, eu já tinha morado fora do país, mas não conhecia nada do Vale do Silício. Um ano depois, participei de uma aceleração da Plug and Play Tech Center, e lá conheci um PhD de Berkeley, amigo do Steve Blank, autor do Manual do Empreendedor, que me fez uma pergunta que mudou tudo: 'Por que brasileiro cria produto só para o Brasil?'. Voltei decidido a lançar a Trakto em português, inglês e espanhol”, relata.

Paulo conta que, na época, em 2015, o Brasil ainda não tinha nem tecnologias de pagamento acessíveis para vendas internacionais. “Mas com o tempo e com o apoio da Apex, participei da minha primeira missão de negócios para Dubai, depois fomos para a França e, em seguida, para o México. Em cada lugar, aprendemos o quanto é

importante adaptar o produto para o mercado local. Foi assim que começamos a abrir portas no exterior e a entender, de fato, o caminho para escalar globalmente", lembra o CEO da Trakto, empresa especializada em soluções de automação e geração em escala para designs e vídeos já internacionalizada.

A cofundadora e CMO da naPorta – logtech voltada a atender áreas de difícil acesso com produtos de e-commerce –, Katrine Scomparin, trouxe um relato na mesma linha. "Inicialmente eu fui uma dessas pessoas que pensou: 'Ah, tem muita coisa no Brasil, a gente consegue desbravar esse mercado'. Mas tem muita coisa também fora e a gente pode agregar. Essa virada de chave aconteceu há mais ou menos um ano e meio, quando fomos para o México participar da IMOV, na área de mobilidade. Aí começaram as pulguinhas atrás da orelha: 'Olha, existem mercados complexos de acesso, o Brasil não tá sozinho nessa'. Acabamos de voltar da Índia, da WSA, também falando sobre mobilidade. Ainda estamos tateando esse mercado, aprendendo. Mas já temos esse contato com a Apex, que abriu essa oportunidade para startups que ainda estão nesse início, como a gente. Tenho muitas dúvidas, mas sei que existem muitas oportunidades", conta. Confira o episódio na íntegra aqui.

Tema: Expansão Internacional
Mercado: Outros
Setor de Exportação: Não se aplica
Setor de Investimento: Não se aplica
Idioma de Publicação: Português

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