Empresários e jornalistas da Índia, que integram a missão oficial ao Brasil, se reuniram, nesta segunda-feira (9), em São Paulo, com representantes da Crop Life Brasil, que representa 52 empresas dos setores de biotecnologia, defensivos químicos, germoplasma e bioinsumo, e da União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (Unica), entidade representativa das principais unidades produtoras de açúcar, etanol e bioeletricidade.
A coordenadora de Agronegócio da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), Paula Soares, que abriu as reuniões, explicou qual o papel e a importância do trabalho da Agência no fomento ao comércio exterior.
Vamos apresentar aos indianos desta delegação o potencial do setor agropecuário brasileiro, o nosso trabalho de integração lavoura, pecuária e floresta, nossas inovações tecnológicas e mostrar para a Índia o que o Brasil tem de melhor, além de apontar alguns caminhos para favorecer o incremento do nosso fluxo comercial bilateral.
Paula Soares, coordenadora de Agronegócio da ApexBrasil
O gerente executivo da Crop Life Brasil, Renato Gomides, apresentou um panorama geral sobre a atuação da instituição no Brasil. “Queremos trabalhar cada vez mais próximos dos produtores rurais”, afirmou ao destacar alguns números sobre a ascensão do mercado de bioinsumos no Brasil e no mundo. De acordo com a diretora de bioinsumos da Crop Life Brasil, Amália Borsari, o mercado de produtos biológicos tem um grande potencial, destacou, acrescentando que ainda é preciso solucionar a equação entre eficácia, aplicações e dificuldades, incluindo barreiras técnicas.
O Brasil é atualmente o maior produtor global de cana-de-açúcar. Nas últimas décadas, a cultura e o setor sucroenergético brasileiro passaram por uma revolução tecnológica, com implementação de práticas sustentáveis e ampliação do portfólio de energéticos renováveis. De acordo com a coordenadora de Relações Institucionais da Unica, Ana Carolina Leles, isso coloca o país “na vanguarda da produção e uso de energias limpas e renováveis”. “Brasil e Índia têm muitos setores estratégicos para fortalecer e ampliar o fluxo de comércio bilateral”, informou. Questionada pelos jornalistas indianos sobre o impacto da transição energética no mercado do etanol, Ana Carolina explicou que o etanol é um fator positivo na transição.
Na mobilidade terrestre, o etanol já é uma realidade no processo de redução das emissões. Pode ser usado puro, como acontece no Brasil, ou associado a novas tecnologias, como os híbridos, que conciliam motores a combustão e elétrico. Além disso, caminhamos para, em breve, usarmos o etanol como gerador de hidrogênio para mover carros a célula combustível.
Ana Carolina Leles, coordenadora de Relações Institucionais da Unica
Sobre as perspectivas de inserção dos integrantes da Unica no mercado indiano, ela esclareceu que, no momento, a estratégia é ampliar as parcerias e incentivar a produção local para ter mais países produzindo. “Esperamos fazer parcerias, queremos criar este mercado global. Há boas perspectivas”, finalizou. De São Paulo, a delegação segue para os estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro e Distrito Federal.
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