O produto apresenta informações econômicas, comerciais, de acesso a mercado e de investimentos sobre cada país selecionado, em formato de fácil leitura, para quem quer ganhar tempo
A Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) acaba de lançar uma nova edição do Perfil País, com foco na China. O produto apresenta um panorama econômico do país selecionado, com análises sobre as oportunidades e os desafios de exportação e de investimentos desses mercados.
Principal destino das exportações brasileiras em 2022, a China é um mercado extremamente atrativo e estratégico para produtos do Brasil. Em 2023, a Economist Intelligence Unit (EIU) prevê que a taxa de crescimento do PIB real chinês aumente para 5,2%, impulsionada pela retomada do consumo privado.
Os três principais grupos de produtos exportados para a China, que correspondem a quase 75% do valor das vendas para o país asiático, são soja, minério de ferro e petróleo. Dessa maneira, as exportações brasileiras para a China estão concentradas, principalmente, em commodities, o que indica que há oportunidades de diversificar a pauta exportadora, com produtos de maior valor agregado. Entre 2018 e 2022, praticamente todas as principais exportações brasileiras, à exceção da celulose, tiveram crescimento médio anual positivo, o que demonstra o dinamismo do comércio bilateral.
Nesse contexto, o Mapa de Oportunidades da ApexBrasil identificou 456 oportunidades para as exportações brasileiras na China. Além das possibilidades para os produtos consolidados da pauta exportadora, como soja, ferro, petróleo bruto e celulose, há condições favoráveis para a ampliação das exportações de milho, aço, cobre, café, madeira, algodão, carne suína e amendoim.
Entre os maiores concorrentes do Brasil para os cinco principais produtos exportados, dois têm acordo comercial com a China: Austrália e Indonésia. Esses países não têm, contudo, vantagens tarifárias em relação ao Brasil nesses produtos, pois a China aplica alíquota zero para todos os parceiros. Porém, para os demais produtos, a rede de acordos da China pode beneficiar outros concorrentes. Cerca de 42,5% das importações da China são feitas de parceiros com acordo, incluindo a Coreia do Sul, Japão e Austrália. Além disso, a China faz parte da Parceria Econômica Regional Abrangente (RCEP), entre 15 países da região Ásia-Pacífico, que entrou em vigor em 1º de janeiro de 2022.
Como tendência, em questões regulatórias, percebe-se o crescimento de notificações da China ao Comitê de Medidas Sanitárias e Fitossanitárias (SPS) da OMC em alimentos e bebidas, com foco em aditivos e fortificantes alimentares. Na seara das medidas técnicas (TBT), devem ser observadas notificações sobre óleos essenciais e cosméticos, eficiência de bombas centrífugas e de motores rotativos e novos padrões chineses para a soja e o algodão.
Desde 2019, a China aplica medida antidumping contra a carne de frango proveniente do Brasil. As investigações foram encerradas com a aplicação de direitos definitivos (com alíquotas variando de 17,8% a 32,4%) e a celebração de compromissos de preços, ambos com vigência inicial de cinco anos.
Em 2021, a China foi o oitavo maior investidor (e primeiro da Ásia) no Brasil, à frente do Japão, da Coreia do Sul e da Índia. O estoque de investimento estrangeiro direto (IED) da China no Brasil cresceu US$ 7,1 bilhões em 2021, aumento de 31% em relação a 2020. Já o estoque de IED brasileiro na China aumentou 114% entre 2012 e 2021, reforçando a crescente importância do país asiático como destino da internacionalização das empresas brasileiras.
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