Missão da ApexBrasil, MRE e MDIC busca ampliação do fluxo comercial com Japão e países do Leste Asiático

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Durante encontro de Secoms, Sectecs e Adidos Agrícolas em Tóquio, a ApexBrasil lançou, nesta segunda-feira (4), o Mapa Bilateral de Comércio e Investimentos Brasil - Japão. Agenda da missão asiática segue até sexta-feira

A Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), o Ministério das Relações Exteriores (MRE), o Ministério de Comércio, Indústria e Serviço (MDIC) estão promovendo, neste mês, uma missão no continente asiático para discutir novas estratégias e ações para expandir e aprofundar as relações comerciais do Brasil com países da Ásia. A agenda começou em Bangkok, na semana passada, e desde segunda-feira (4) está acontecendo em Tóquio, no Japão. Em ambas, a Agência promoveu o Encontro dos Setores de Promoção Comercial e Investimentos (Secoms) e dos Setores de Ciência, Tecnologia e Inovação (Sectecs) e Adidos Agrícolas de cada país. O objetivo, segundo o presidente da ApexBrasil, Jorge Viana, é ampliar o fluxo comercial com toda a Ásia.

“Nós estamos nessa missão na Ásia, com duas reuniões, uma no Sudeste da Ásia, realizada em Bangkok na semana passada, e a outra aqui no Leste, em Tóquio. E o propósito é um só: atuar e fazer o Brasil crescer na Ásia. O continente tem mais de 1/3 da população do planeta e um PIB reunido de 30 trilhões de dólares. Ou seja, o Brasil tem um potencial enorme de crescimento”, ressaltou Viana.

O Leste Asiático é destino de cerca de 1/3 das exportações brasileiras e de parte importante do superávit comercial do país. “A região é muito importante para o Brasil, mas temos o desafio de diversificar nossas exportações, ainda muito concentradas em poucas commodities. Por isso, esse encontro é estratégico”, afirmou o presidente durante o encontro de Secoms, que ocorreu na Embaixada do Brasil, em Tóquio.

 “Nos últimos anos, até a retomada da política externa com o governo Lula, o país viveu crises internas e perdeu janelas de oportunidades importantes que afetaram o fluxo de comércio exterior com o Japão. Nós já tivemos quase 18 bilhões de dólares de fluxo de comércio e agora são perto de US$ 11 bilhões. Houve uma queda muito grande e queremos retomar os acordos. O Japão segue como uma grande prioridade para nós”, assinalou Jorge Viana, lembrando os laços de amizade com o país. “Nós temos mais de 200 mil brasileiras e brasileiros aqui. Os japoneses são mais de 2 milhões no nosso país. Nenhum outro país do mundo tem uma conexão tão forte com o Brasil como o Japão”, reforçou. 

“Aqui na Ásia temos um número importante de investidores qualificados que a gente atende. É aquele investidor que, de fato, está construindo um relacionamento com o Brasil”, complementou a diretora de Negócios da ApexBrasil, Ana Repezza.

O secretário Executivo do MDIC, Marcio Elias Rosa, elogiou o trabalho que a ApexBrasil vem realizando ao lado do MRE e reforçou a importância do apoio do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA). “O MDIC reconhece na Apex o seu papel absolutamente decisivo para realizar essas políticas sonhadas e desejadas pelo presidente Lula”.

A agenda em Tóquio incluiu também encontro bilateral entre a Confederação Nacional da Indústria (CNI) e a Keidanren, sua contraparte japonesa.

Expansão asiática e fortalecimento da presença brasileira no continente

Durante o encontro, Viana lembrou que a China é o parceiro comercial mais importante do Brasil. Nos últimos 20 anos, o comércio entre Brasil e China cresceu em ritmo acelerado. De US$ 6,6 bilhões, em 2003, a corrente de comércio saltou para US$ 157,5 bilhões em 2023, tendo as exportações chegado a US$ 104,3 bilhões, valor quase três vezes superior às exportações do Brasil para os Estados Unidos, o segundo maior parceiro comercial do Brasil, de acordo com levantamento da ApexBrasil.

O embaixador do Brasil na China, Marcos Galvão, também destacou a importância do Brasil para o gigante asiático. “O Brasil é o nono parceiro comercial da China. Para se ter uma ideia, o comércio da China com o Brasil é duas vezes maior do que o comércio da China com a França, que é a quinta ou a sexta economia do mundo. E o Brasil é o primeiro fornecedor de produtos agrícolas. Um quarto de tudo que a China comprou do mundo de agrícolas no ano passado veio do Brasil, seguido dos Estados Unidos”, lembrou.

Segundo Viana, outros países do continente asiático estão interessados nos produtos brasileiros. “Muito países querem comprar produtos brasileiros e precisam do que o Brasil tem, que vai do agronegócio até nossos serviços e a nossa indústria. Essa estratégia de reunir a ApexBrasil, setores do Itamaraty que trabalham com comércio exterior e o Ministério da Agricultura, não tenho nenhuma dúvida que vai impulsionar o crescimento do fluxo de comércio exterior do Brasil aqui na Ásia”, afirmou.

Mapa Bilateral de Comércio e Investimentos Brasil - Japão

No contexto de fortalecimento de relações com o Japão, a ApexBrasil lançou, durante o encontro, o Mapa Bilateral de Comércio e Investimentos Brasil - Japão, elaborado em parceria com a  Japan External Trade Organization (JETRO) e a Embaixada do Brasil em Tóquio. O estudo traz dados macroeconômicos, além de tendências e análises de comércio e investimentos entre a maior economia da América Latina e a segunda da Ásia.   

De acordo com o levantamento, o Japão foi o 9º principal parceiro comercial do Brasil em 2023, quando a corrente de comércio bilateral chegou a US$ 11,7 bilhões, o que representa 2% do valor de todos os bens transacionados pelo Brasil no último ano. As exportações brasileiras registraram US$ 6,6 bilhões, com destaque para as vendas de minério de ferro, carnes de aves, café não torrado, milho e alumínio.

“Assim como ocorre com a pauta brasileira exportadora para os países asiáticos, existe a necessidade de diversificação, uma vez que nossas exportações para o Japão são, principalmente, de commodities ou bens semimanufaturados”, explicou o gerente de Inteligência da ApexBrasil, Igor Celeste, que também participa da missão pelo continente asiático.

O Mapa Bilateral Brasil-Japão traz ainda a identificação de 300 oportunidades comerciais, que somam US$ 63,1 bilhões em possíveis exportações. “O estudo apresenta também uma análise completa dos investimentos bilaterais e aponta que há muito espaço para incremento dos fluxos de investimentos entre os países”, comentou Celeste.   

Saiba mais sobre a publicação do Mapa Bilateral Brasil-Japão.

Preparativos para Expo Osaka 2025

A missão brasileira na Ásia também é parte dos preparativos para a Expo Osaka 2025, que ocorrerá entre 13 de abril e 13 de outubro de 2025, no Japão. “Esse trabalho que estamos fazendo aqui também é preparatório para quando inaugurarmos a exposição universal em Osaka, no Japão, no ano que vem. Serão seis meses de promoção da imagem do Brasil, dos produtos do Brasil e é um projeto executado 100% pela ApexBrasil. Mas é óbvio que é em nome do governo brasileiro e em nome do nosso país como um todo”, destacou Jorge Viana.

Nesta quinta-feira (7/11), o presidente da ApexBrasil receberá as chaves do Pavilhão do Brasil na Expo Osaka 2025, que foi construído pelo governo japonês com recursos brasileiros. Na ocasião, será entregue a estrutura básica do pavilhão, que receberá, em seguida, a customização projetada pela diretora Bia Lessa, renomada cenógrafa que foi convidada pela Agência para trabalhar na conceituação do pavilhão.

A Expo Universal 2025 será realizada de abril a outubro do próximo ano, sob  o tema “Projetando a Sociedade do Futuro para Nossas Vidas”.

Tema: Atração de Investimentos Estrangeiros
Mercado: América do Sul — Ásia (Exclusive Oriente Médio)
Setor de Exportação: Não se aplica
Setor de Investimento: Serviços de Tecnologia
Setor de serviços:
Idioma de Publicação: Português

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