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A imigração desses trabalhadores japoneses ao Brasil começou em junho de 1908, quando desembarcaram os primeiros cidadãos no porto de Santos, trazidos pelo navio Kasato Maru. Pouco antes, em 1895, as duas nações assinaram o Tratado de Amizade, Comércio e Navegação, marcando o início das relações que prosseguem até os dias de hoje.
Desde então, são muitas as histórias: destinos que se uniram numa experiência sem precedentes para aqueles que migraram e para a sociedade brasileira que os abraçou.
A presença do imigrante japonês no Brasil foi marcada pelos traços físicos e culturais que, ao longo dos anos, se mesclaram à sociedade brasileira em diferentes regiões. O estado de São Paulo lidera com mais de 1,3 milhão de nikkeis (descendentes nascidos fora do Japão) vivendo principalmente na capital, seguido por outros estados brasileiros, como Paraná, Mato Grosso do Sul, Pará e Bahia.
Os japoneses que chegaram a São Paulo se empregaram na produção de alimentos e aos poucos se deslocaram para outras cidades e estados. Um exemplo está no Pará, que entre 1952 e 1965 começou a receber imigrantes japoneses devido a incentivos oferecidos pelo Governo local para atividades agroflorestais. O município de Tomé Açu concentra uma grande comunidade de imigrantes e descendentes que trabalham no cultivo da pimenta do reino, e de frutas como cupuaçu, pitaia, melão, melancia e açaí, além do cacau.
Nos primeiros anos de chegada ao Brasil, a realidade encontrada pelos imigrantes era totalmente desconhecida. Os japoneses absorveram, aos poucos, a cultura brasileira, mas com a determinação de manter sua identidade e seus hábitos.
Conforme conta o sociólogo Hiroshi Saito em seu livro “O japonês no Brasil: estudo de mobilidade e fixação (1961)”, o Brasil marcou a política emigratória do Japão em 1925, ao deixar de ser um país que recebe o excedente demográfico para se tornar um destino de investimentos. Assim, por mais de sete anos houve uma intensa entrada de japoneses no país, até que em 1934 o Governo brasileiro aprovou legislação que restringe a entrada de imigrantes de forma geral.
Ao longo da história, ficou evidenciada a influência mútua entre os dois países, que passaram a cooperar em diferentes campos. Nas décadas de 60 a 80, grandes empresas se constituíram com apoio recíproco, como a siderúrgica Usiminas, que contou com a participação japonesa na sua constituição – foi o primeiro investimento externo em grande escala do Japão após a 2ª Guerra Mundial –, a Cenibra (Celulose Nipo-Brasileira S.A) e a Albras (Alumínio Brasileiro), maior produtora de alumínio primário no Brasil. Há ainda a Toyota que chegou ao Brasil em 1958, ao instalar uma fábrica em São Paulo, se constituindo na primeira operação da empresa fora do Japão.
A história entre os dois países é extensa e intensa. Apesar da grande distância geográfica entre Japão e Brasil, é possível afirmar que a cultura japonesa é apreciada no Brasil. Para melhor compreender esse intercâmbio entre as duas nações, há vários sites com dados relevantes e legítimos. Confira alguns: