Visando conquistar o mercado internacional, empresas, cooperativas e associações de castanha-do-brasil se reuniram para identificar mercados-alvo e alinhar estratégias de como alcançá-los. O encontro faz parte do Exporta Mais Amazônia, programa da ApexBrasil que visa promover produtos compatíveis com a floresta
Para promover as exportações de castanha-do-Brasil, a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) realizou, na última terça-feira (27/2), na sede da Cooperacre, em Rio Branco (AC), a segunda reunião da Mesa Executiva de Exportação de castanha-do-brasil. A iniciativa compõe o escopo de ações do Exporta Mais Amazônia, programa criado pela Agência em 2023 que visa impulsionar as exportações de produtos compatíveis com a floresta. O objetivo é destravar gargalos à exportação do setor.
Neste segundo encontro, que contou com mais de 20 representantes de empresas, cooperativas e associações, o foco foi discutir e definir os mercados-chave para a exportação do produto. De acordo com o analista da gerência do Agronegócio da ApexBrasil, Pedro Henrique de Souza Netto, essa seleção é de extrema importância para o planejamento das próximas ações. “Definir esses mercados prioritários é fundamental para organizarmos ações que aproximam empreendimentos da castanha aos compradores internacionais de países com alto potencial de comércio. A escolha desses mercados ainda nos ajuda a identificar requisitos específicos – inclusive sanitários – para a exportação da castanha para esses destinos”, explicou.
Os melhores mercados para a castanha-do-brasil
Para a priorização de mercados do produto, foram utilizadas 46 variáveis de seis bases de dados diferentes: Comtrade/ONU, Passport/Euromonitor, Fundo Monetário Internacional (FMI), Fitch Solutions, Banco Mundial e FAOStat/FAO. No total, foram considerados mais de 2000 pontos de dados, analisando o comércio exterior da castanha do Brasil, a concorrência com outros fornecedores, a macroeconomia dos destinos de exportação e os mercados internos de castanhas e nozes em 45 países.
Após a análise de dados e a votação entre os participantes da Mesa Executiva, foram selecionados sete destinos que serão os mercados prioritários para o projeto: Estados Unidos, Reino Unido, China, Alemanha, Itália, França e Emirados Árabes Unidos.
Segurança alimentar
Durante o encontro, também foram abordados a qualidade e a segurança alimentar da castanha-do-brasil. Ana Cantanhede e Maurício Quaresma, representantes do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) apontaram a legislação que deve ser cumprida para a produção e comercialização do produto.
Com base na Legislação brasileira, Lei N°11/2006: “a segurança alimentar e nutricional consiste na realização do direito de todos ao acesso regular e permanente a alimento de qualidade”, o que significa livre de agentes patogênicos ou nocivos à saúde humana.
Segundo Maurício, oferecer alimentos com alta qualidade é imprescindível garantir segurança aos consumidores no Brasil e no mundo: “Quando falamos de segurança alimentar, estamos falando de vida humana. A empresa precisa trabalhar para atender a legislação”.
Sobre a Mesa Executiva
A fim de preparar as empresas e cooperativas da região Amazônica para ampliar a presença no mercado internacional, a ApexBrasil lançou as Mesas Executivas de Exportação em novembro de 2023. Essa metodologia de trabalho foi desenvolvida para garantir a troca constante de informações e sugestões sobre entraves que prejudicam as exportações de setores da região, focando em problemas com soluções de curto e médio prazo. O projeto foi elaborado em parceria com o professor Salo Coslovsky, autor do estudo ‘Mesas Executivas de Exportação e o Fomento aos Produtos Compatíveis com a Floresta Amazônica’.
Como um fórum permanente, as Mesas Executivas são realizadas mensalmente, reunindo empresas, cooperativas, representantes da ApexBrasil, especialistas e instituições parceiras, como o Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA). Para saber mais sobre as Mesas Executivas, acesse o estudo sobre as Mesas elaborado pelo projeto Amazônia 2030.
Assessoria de imprensa ApexBrasil
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