Dedicada ao cinema brasileiro, 13a rodada do programa Exporta Mais Brasil começou em Brasília nesta segunda-feira

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Cerimônia de abertura ocorreu na sede da ApexBrasil e contou com a presença dos presidentes da Agência, da Embratur e da Fecomércio. Iniciativa trouxe oito compradores internacionais de seis países para fazer negócios com 24 produtoras nacionais de cinema 

O cinema brasileiro é o foco da 13a e última rodada do ano do programa Exporta Mais Brasil, da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), que começou nesta segunda-feira (11), em Brasília. Participaram da cerimônia o presidente da ApexBrasil, Jorge Viana; o presidente da Embratur, Marcelo Freixo; o presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Distrito Federal (Fecomércio/DF), José Aparecido Freire; e a diretora de Negócios da ApexBrasil, Ana Paula Repezza. O evento contou também com apresentação dos oito compradores internacionais convidados pelo programa, além de painel sobre o cinema brasileiro, com a presença de entidades da área. 

O Exporta Mais Brasil tem como objetivo promover as exportações de diversos setores da economia de todas as regiões do país e atua trazendo compradores internacionais para fazer negócios diretamente com as empresas locais. “É um programa que tem dado resultados extraordinários. Das 12 edições que fizemos até agora, já foram mais de R$ 260 milhões em negócios. No total, nós já colocamos em contato quase 500 empresas nacionais com mais de 130 compradores de mais de 50 países, que nós trouxemos para conhecer o Brasil e o que ele tem de bom para exportar”, disse Jorge Viana durante a abertura.    

Para esta rodada, com foco no setor audiovisual, a ApexBrasil está promovendo o encontro de oito compradores vindos da China, Singapura, Alemanha, Rússia, Bélgica e Portugal, com 24 produtoras nacionais de cinema de vários cantos do Brasil. O evento ocorre no âmbito da 56a edição do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro.  

“É uma honra colaborar com essa iniciativa para a internacionalização do cinema brasileiro”, afirmou o presidente da Fecomercio, José Aparecido Freire. “Brasília não é uma cidade de indústrias, mas é uma indústria de tecnologia, inovação e de audiovisual, que pode ser fomentada pelo setor industrial e pelo de comércio, serviços e turismo”, afirmou. A Fecomércio tem uma assessoria de relações internacionais que tem como foco promover e ampliar a participação do DF no comércio exterior e é uma das parceiras da ApexBrasil na execução desta rodada do programa Exporta Mais Brasil. Dentre as 24 produtoras nacionais participantes, nove são do DF, sendo o estado com maior representatividade na rodada.   

Em sua fala, o presidente da Embratur, Marcelo Freixo, falou da importância da atenção especial da ApexBrasil ao setor audiovisual brasileiro, em função do seu potencial para a economia do país. “O audiovisual é um instrumento da cultura, e a cultura não é só entretenimento, mas também um ativo econômico que o Brasil tem. O turismo precisa estar no debate da economia, assim como o audiovisual e a cultura”, afirmou. Freixo destacou também a relação entre o cinema e o turismo: “Muitos países já viraram essa chave. O Brasil tem seis biomas e é um dos principais destinos de ecoturismo. Que a gente consiga facilitar que grandes produções cinematográficas venham para o Brasil”, reforçou.  

“É uma integração entre turismo, audiovisual e cultura que estamos promovendo”, também afirmou a diretora de Negócios da ApexBrasil, Ana Paula Repezza.  “É muito prazeroso terminar essa edição do Exporta Mais Brasil aqui na nossa Casa, na nossa ApexBrasil, recebendo não apenas as produtoras brasileiras, que amanhã farão as rodadas de negócios, mas principalmente os compradores estrangeiros, para que possam conhecer a nossa terra. Brasília é palco de uma cena criativa muito rica”, afirmou Repezza.  

O cinema brasileiro 

Ainda na ocasião da cerimônia de abertura, o painel sobre o cinema brasileiro contou com a participação do coordenador de Indústria e Serviços II da ApexBrasil, André Limp; do conselheiro da Brasil Audiovisual Independente (BRAVI), Márcio Yatsuda; e da diretora da Conexão Audiovisual Centro-Oeste, Norte e Nordeste (CONNE), Cibele Amaral.  

“É muito gratificante, depois de um período tão difícil como o que vivemos, ver isso acontecendo novamente”, disse Yatsuda. “O setor de animação brasileiro é um dos mais pujantes do Brasil e representa uma grande oportunidade de mercado”, afirmou. Márcio falou também sobre a oportunidade de coprodução. “E qual a vantagem de fazer uma coprodução? Permite que tanto no Brasil como no outro país a produção seja reconhecida como uma produção nacional”, explicou.  

A BRAVI é parceira da ApexBrasil no projeto setorial Brazilian Content, criado em 2004. A iniciativa promove as produções e a propriedade intelectual brasileiras em grandes eventos no exterior, realiza rodadas de negócios, cria uma imagem positiva das produções obras brasileiras internacionalmente, desenvolve a competitividade da produção nacional e viabiliza parcerias entre empresas brasileiras e estrangeiras, por meio de coproduções, vendas e pré-vendas para canais de TV, internet, telefonia celular e mídias digitais.   

Cibele Amaral falou sobre o desenvolvimento do setor audiovisual brasileiro em todas as regiões do país, além do Sudeste, que já é conhecido como um polo importante. “São mais de duas mil produtoras no Centro-Oeste, Norte, Nordeste. Temos polos importantes concentrados na região Sudeste, mas temos produções de alta qualidade e com temáticas potentes sendo feitas em todos os cantos do país, e que já têm se internacionalizado e representado o Brasil nos mais importantes festivais do mundo”. Cibele também destacou a importância da ação da ApexBrasil em promover a vinda dos compradores internacionais para verem de perto todo esse potencial do cinema brasileiro e falou sobre o potencial da Amazônia para a produção de conteúdo audiovisual.  

“Estamos absolutamente otimistas com os próximos anos e à disposição para o diálogo”, concluiu André Limp, relembrando os avanços alcançados ao longo deste ano, principalmente com a retomada da participação de produtores brasileiros no Marché du Film, do Festival de Cannes.  

Convidados internacionais  

Um dos momentos mais esperados foi o da apresentação dos compradores internacionais do setor audiovisual, que vieram fazer negócios com as produtoras nacionais e, claro, conhecer mais sobre a produção local. Na ocasião, eles falaram sobre o que buscam aqui no Brasil. A mediação ficou por conta da coordenadora do Ambiente de Mercado da 56a edição do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, Simonia Queiroz.  

“Animação é o nosso principal produto, mas não é o único”, disse o russo Alexey Burzyantsev , da CLS Media. “Trabalhamos também com documentários sobre natureza, vida selvagem e ciência, então seria interessante encontrar algumas produções brasileiras nesse sentido”, afirmou.  

Já a produtora Marta Lima, da Agente a norte, de Portugal, disse estar aberta a coproduções. “Quero ter os insights das produtoras brasileiras. Eu posso ser útil a vocês para projetos na área da ficção. Podemos ser uma porta para fundos europeus e conseguir também algumas coproduções”, informou.    

A Across Nations, distribuidora alemã, veio em busca de começar a distribuir filmes estrangeiros. “Quem sabe nosso primeiro título estrangeiro será um brasileiro?”, apontou o representante da distribuidora, Thomas Niessner.  

Os compradores estrangeiros participarão das rodadas de negócio com as produtoras nacionais amanhã, terça-feira (12), das 9h às 17h30, na sede da ApexBrasil, em Brasília. Em seguida, os compradores visitarão o Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, no Cine Brasília.  

Sobre o Exporta Mais Brasil  

Com o slogan “Rodando o país para as nossas empresas ganharem o mundo”, o programa Exporta Mais Brasil busca uma aproximação ativa com todas as regiões do país para potencializar suas exportações. Ao todo, nesta primeira edição do programa, 13 diferentes setores da economia foram contemplados: móveis, rochas ornamentais, cafés robustas amazônicos, pescados, artesanato, cervejas especiais, cosméticos, mel, cafés arábicas, calçados, produtos compatíveis com a floresta, frutas e, por fim, o audiovisual. Cada rodada foi realizada em um estado diferente e, no conjunto, já geraram mais de R$ 260 milhões em negócios imediatos e esperados para os próximos 12 meses.   

Tema: Promoção Comercial — Atração de Investimentos Estrangeiros — Expansão Internacional
Mercado: Ásia (Exclusive Oriente Médio) — Europa — Eurásia
Setor de Exportação: Economia Criativa
Setor de Investimento: Não se aplica
Setor de serviços: Economia Criativa

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