ApexBrasil lança estudo sobre diversificação de mercados para exportações estaduais diante de novas tarifas dos EUA

08/09/2025
Inteligência de mercado

Por: Comunicação ApexBrasil

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ApexBrasil lança estudo sobre diversificação de mercados para exportações estaduais diante de novas tarifas dos EUA
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A Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) lançou nesta quarta-feira (03) o estudo “Diversificação de Mercados por Estados Brasileiros”, que analisa o impacto das novas tarifas impostas pelos Estados Unidos às exportações do Brasil. A publicação é parte do esforço da Agência no apoio às empresas afetadas e apresenta alternativas de mercados para os produtos mais afetados. O material já está disponível gratuitamente no site da Agência. 

Com mais de 200 anos de relações diplomáticas entre os dois países, os Estados Unidos são um dos principais destinos das exportações brasileiras, que somaram US$ 40,4 bilhões em 2024 - 12% da pauta exportadora nacional. Contudo, a recente Ordem Executiva norte-americana (EO 14323), de julho de 2025, estabeleceu sobretaxas que afetam diretamente a competitividade de diversos produtos brasileiros. 

Para Jorge Viana, presidente da ApexBrasil, o estudo é um de muitos passos que a Agência tem dado para mitigar os efeitos causados pelo tarifaço: “Estamos mapeando, estado por estado, os mercados mais dependentes das exportações para os Estados Unidos, para compreender com precisão quais cadeias produtivas e setores estão mais expostos. A partir desse diagnóstico, a Apex vai atuar buscando alternativas concretas para inserir esses produtos em novos mercados, diversificando destinos e reduzindo riscos para as empresas brasileiras. Esse trabalho é paralelo à manutenção do trabalho com Washington, em articulação com o Governo Federal, para buscar soluções que minimizem os impactos imediatos das tarifas sobre nossa pauta exportadora", comentou. 

O estudo da ApexBrasil identifica 195 produtos brasileiros potencialmente impactados, considerando o peso das exportações para os EUA em cada Unidade da Federação. A análise também aponta mercados alternativos para esses bens, com base na metodologia do Mapa de Oportunidades da Agência, que classifica os destinos em perfis como Abertura, Consolidação, Manutenção e Recuperação. 

Segundo o gerente de Inteligência de Mercado da Agência, Gustavo Ribeiro, a ApexBrasil trabalha diversificação de mercados como uma constante, baseando-se em um princípio básico de mitigação de riscos: “Não colocar todos as fichas em uma cesta só”, explicou. Assim, o objetivo da publicação é "fornecer subsídios práticos para empresas e gestores públicos de todo o país, apoiando eventuais decisões de diversificação e reduzindo riscos em um cenário internacional de maior instabilidade comercial”, complementou. 

Entre os destaques, o levantamento revela, por exemplo, que o Ceará é o estado proporcionalmente mais dependente dos EUA, com 45% das exportações voltadas ao mercado norte-americano em 2024. Já por região, o Sudeste é a área mais afetada onde todos os estados apresentam forte exposição, com destaque para Espírito Santo (29%) e São Paulo (19%). 

Em relação aos produtos, os semimanufaturados de ferro ou aço não ligado e café não torrado estão entre os mais vulneráveis às novas tarifas: Os semimanufaturados de ferro ou aço não ligado representam 6,9% da pauta brasileira destinada ao mercado norte-americano e têm como principais fornecedores o Rio de Janeiro (57,3%) e o Espírito Santo (31,7%). Nos dois estados, a concentração é significativa: praticamente toda a produção do Rio de Janeiro desse item é direcionada aos EUA, enquanto, no Espírito Santo, esse percentual chega a 62,7%. O café em grão não torrado, concentrado em Minas Gerais, foi responsável por 80,5% do volume exportado pelo Brasil aos EUA em 2024, cerca de US$ 1,5 bilhão de um total de US$ 1,8 bilhão. 

Plano Brasil Soberano 

A medida capitaneada pela ApexBrasil integra o conjunto de ações lançado pelo Governo Federal através do Plano Brasil Soberano. Medidas que visam proteger o país dos efeitos da tarifação unilateral, apoiar exportadores brasileiros, preservar empregos, incentivar investimentos em setores estratégicos e assegurar a continuidade do desenvolvimento econômico do país. 

O Plano prevê R$ 30 bilhões do Fundo Garantidor de Exportações (FGE) para crédito com taxas acessíveis para empresas com perdas com a taxação americana, sobretudo pequenos e médios negócios. Outro alívio para os segmentos atingidos é a extensão do prazo para usar créditos tributários de empresas que atuam no Drawback, regime aduaneiro especial que suspende ou isenta o produto exportado de tributos incidentes dos insumos importados e/ou nacionais. 

Clique aqui e acesse o estudo completo. 

Mais informações: imprensa@apexbrasil.com.br  

Tema: Inteligência
Mercado: América do Norte
Setor de Exportação: Não se aplica
Setor de Investimento: Não se aplica
Setor de serviços: Não se aplica
Erro: