GITEX North Star: 13 startups brasileiras apresentam o melhor da inovação nacional em Dubai

13/10/2022
Tecnologia
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GITEX North Star: 13 startups brasileiras apresentam o melhor da inovação nacional em Dubai

Descrição da imagem: Delegação da ApexBrasil na feira GITEX North Star 2022

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Apoiada pela ApexBrasil, participação de empresas na feira GITEX North Star, nos Emirados Árabes Unidos, quase triplicou desde 2020. Elas mostrarão a potenciais parceiros de 170 países soluções em educação, inteligência artificial, cidades inteligentes entre outras

Em meio ao forte crescimento do ecossistema de inovação brasileiro, startups nacionais buscam a internacionalização em direção a novos mercados. Os Emirados Árabes Unidos (EAU), que visam se posicionar como um hub tecnológico global, têm chamado atenção do setor. Por isso, a Agência Brasileira de Promoção a Exportações e Investimentos (ApexBrasil) levará 13 startups brasileiras para se apresentarem na feira GITEX North Star, em Dubai, de 10 a 13 de outubro.

A GITEX North Star ocorre junto à feira GITEX Global, numa área dedicada às startups, com uma programação repleta de palestras, sessões de pitch das startups e premiação. Anualmente, negócios multimilionários e importantes parcerias são anunciados na feira, que reúne mais de 4 mil empresas de tecnologia, de 170 países diferentes. Os compradores internacionais visitam o evento em busca de soluções inovadoras, que startups brasileiras estão prontas para apresentar.

A delegação da ApexBrasil na feira é composta por empresas que atuam em diferentes setores, como educação, inteligência artificial, cidades inteligentes, transporte, biotecnologia, robótica entre outros. Todas elas trabalham com base tecnológica, soluções escaláveis e possuem potencial para instalação nos EAU. Nos dias que sucedem o evento, as empresas selecionadas participarão também de uma agenda complementar de imersão no país, com visitas técnicas, reuniões prospectivas e ações de networking, para melhor compreensão das formas de negócios e oportunidades de expansão internacional.

Desde 2020, a participação do Brasil na GITEX, que é organizada pela ApexBrasil, quase triplicou, passando de 5 para 13 startups. A expansão acompanha os bons resultados do setor, que, em 2021, atraiu cerca de US$ 9,4 bilhões em investimentos, com 11 empresas brasileiras atingindo o valor de mercado de mais de US$ 1 bilhão (conhecidas como “unicórnios”). Com esses números recordes para o setor, hoje o Brasil ocupa a nona posição em termos de número total de empresas "unicórnios" no mundo, à frente de países como Japão, Singapura e Coreia do Sul.

Cases

Dentre as startups que integram essa missão da ApexBrasil, encontram-se diversos perfis de empresas, desde aquelas que já atuam na região até as que ainda não têm nenhuma atuação internacional. A Predify, que vai para a sua terceira participação na GITEX, é uma candidata à internacionalização na região. A empresa de inteligência artificial para precificação já tem operação em Miami e em Amsterdã, e espera em breve consolidar parcerias para expandir-se também para o Oriente Médio. Para eles, estar na feira é uma oportunidade para conseguir contatos com parceiros, clientes e investidores.

Outra veterana de GITEX é a Jade Autism, que atua nos EAU, mas quer expandir suas operações. A startup é uma plataforma gamificada que acelera a aprendizagem de crianças com autismo. A empresa alçou-se ao exterior quando, em 2020, venceu o Supernova Challenge, o maior prêmio da competição de pitches da GITEX.  Ronaldo Cohin, CEO da empresa, conta que a participação na feira foi um divisor de águas. “Ganhar o que é considerado a copa do mundo das startups, impulsionou nosso negócio e reverbera até hoje”, ressalta. Em consequência ao bom desempenho na região, em 2022, a Jade recebeu investimento de um fundo árabe para intensificar as operações na região.

Entre as empresas da delegação que ainda não atuam internacionalmente está a Infracities, que desenvolve soluções sustentáveis na área de infraestrutura e mobilidade para cidades inteligentes. Com apoio da ApexBrasil, a startup planeja instalar unidade nos EAU. Aloísio da Silva, CEO da empresa, conta que vê nos Emirados Árabes Unidos múltiplas oportunidades para o desenvolvimento de projetos de infraestrutura, para obtenção de recursos financeiros e para ampliação das atividades globais.

 

Expandindo operações no Oriente Médio

O ecossistema de startups brasileiro, que começou a ganhar tração na última década, hoje é visto como terreno fértil para negócios disruptivos. Atualmente, existem quase 14 mil startups no Brasil, em 78 comunidades espalhadas por 689 cidades. Seus principais setores de atuação são edtech, healthtech e life science, fintech, agtech e e-commerce. Cerca de um terço destas startups já estão em fase de tração ou de expansão.

O bom desempenho do ecossistema se reflete na busca das empresas por novos mercados. Segundo o último survey da ABStartups, cerca de 18% das startups brasileiras já atua no exterior, e esse número deve crescer nos próximos anos. Hubs de tecnologia, como os Emirados Árabes Unidos, atraem essas empresas que querem se expandir.

Recentemente, o país árabe vem implementando um amplo plano de diversificação econômica para reduzir a dependência do petróleo, com ênfase em setores tecnológicos, como serviços 5G, cidades inteligentes e internet das coisas. Como parte desses esforços, as autoridades devem dar continuidade às reformas favoráveis aos investidores e à criação de centros de pesquisa, tecnologia e inovação, como o Parque Tecnológico de Pesquisa e Inovação de Sharjah (SRTIP).

Uma visita a esse parque inclusive faz parte da agenda da delegação brasileira que irá à GITEX, já que, em março de 2022, a ApexBrasil assinou um memorando de entendimento com a instituição. O objetivo da parceira é lançar um programa de Soft Landing para apoiar a internacionalização de empresas brasileiras no Oriente Médio e no Norte da África.

Tema: Atração de Investimentos Estrangeiros — Expansão Internacional
Mercado: Oriente Médio
Setor de Exportação: Não se aplica
Setor de Investimento: Venture Capital e Private Equity — Energias renováveis — Real State — Infraestrutura
Setor de serviços:

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